Câmara de Lisboa reúne com sindicatos para falar sobre greves

António Costa deverá tentar demover os trabalhadores de fazerem greve à recolha do lixo durante as festas da cidade.

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Autarquia quer instalar ecocentros na cidade e aumentar a recolha porta-a-porta Rui GaudÊncio

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, vai estar reunido nesta terça-feira à tarde com os sindicatos que representam os trabalhadores do município, para falar sobre as paralisações que prometem deixar a capital imunda nos próximos dias.

A reunião está marcada para as 18h30, nos Paços do Concelho. Em cima da mesa vão estar as greves convocadas pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), que coincidem com as festas da cidade e deverão afectar sobretudo a recolha do lixo.

Os funcionários protestam contra a transferência de trabalhadores da câmara para as juntas de freguesia, que estará, segundo o sindicato, a afectar a limpeza da cidade. Para quinta-feira, véspera do dia de Santo António, está prevista uma greve à recolha do lixo, no sábado haverá nova paralisação dos funcionários da limpeza urbana entre a meia-noite e as 5h, e entre os dias 13 e 22 haverá greve ao trabalho extraordinário, que afectará a recolha do lixo pelo menos duas horas por dia.

Também os Sapadores Bombeiros vão cumprir uma greve de 24 horas na quinta-feira, em protesto contra o "constante desinvestimento" da câmara no regimento. Os bombeiros queixam-se nomeadamente do número insuficiente de operacionais e do "estado lamentável" dos equipamentos de protecção individual.

No domingo, o dirigente do STML, Vítor Reis, disse à Lusa que está sempre disponível “para discutir com a câmara”. O vice-presidente do município, Fernando Medina, já prometeu a admissão “imediata” de 100 trabalhadores e a abertura de um concurso para mais 75 (uma proposta que será apreciada na reunião de câmara desta quarta-feira), mas o sindicato não ficou satisfeito. Resta saber qual a proposta que António Costa vai fazer nesta terça-feira para tentar convencer os dirigentes sindicais.

Além das paralisações marcadas pelo STAL, na sexta-feira não haverá recolha de lixo indiferenciado por ser feriado na capital. Fernando Medina já assegurou que vai tomar “as medidas necessárias” para minorar os impactos da greve sobre a população mas pediu aos munícipes que “acondicionem bem” os resíduos e que evitem colocá-los para remoção nesses dias.

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