Algarve procura solução para o desemprego nos fundos comunitários

Câmaras municipais querem ajudar os empresários a romper o cliclo dos negócios centrados no Verão. A Comunidade Intermunicipal – Amal apresentou um plano para o efeito.

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O que fazer com 319 milhões de euros? A esta pergunta, responde a Comunidade Intermunicipal do Algarve – Amal com a apresentação de um plano de accão, através do qual apela à “inovação e criatividade” para que o pacote dos próximos fundos comunitários consiga diversificar a base económica da região.

Nesse sentido, o presidente da Amal, Jorge Botelho,  defende um reforço do papel dos municípios na definição das politicas económicas. “Queremos juntar esforços e dar clareza a quem queira investir”, afirmou esta quarta-feira o autarca socialista (também presidente da Câmara de Tavira) na apresentação do "Plano Intermunicipal Algarve 2020”.

O documento traça uma estratégia regional alinhada com as orientações da Comissão Europeia, procurando minimizar os efeitos na oferta de emprego da oscilação entre a estação alta e baixa do turismo. O plano, que foi desenvolvida para a Amal pela Sociedade Portuguesa de Inovação, destina-se às autarquias, mas a sua concretização está depende, em grande medida, da dinâmica empresarial que se possa desencadear com ajuda dos apoios comuntários.  

Do conjunto das propostas, destaca-se a  criação de  programas de “eficiência energética em rede”. Mas é no capítulo da reabilitação urbana que surge a maior lista de iniciativas. É que, no  Algarve, para lá das zonas urbanas antigas que estão a ficar desertas e degradadas, o parque hoteleiro e os blocos de apartamentos de férias dão sinais de envelhecimento precoce um pouco por toda a região.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região do Algarve, David Santos, por seu lado, defende a  internacionalização de economia e criação de emprego numa lógica de trabalho em rede. Sobre o programa dos 319 milhões de fundos comunitários, lembrou  que o dinheiro só estará disponível se os empresários mudarem de atitude, passando a unir esforços. No quadro comunitário de 2007-2013, criticou,  “as associações empresariais não se apresentaram à chamada da co-produção, ou das acções conjuntas”.

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