Universidade de Coimbra escolhida pela UE para leccionar mestrado em Ecologia

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O curso vai ser frequentado por 26 alunos, 20 dos quais de países de fora do espaço comunitário Nelson Garrido/PÚBLICO (arquivo)

A Universidade de Coimbra (UC) foi seleccionada pela União Europeia para ministrar, a partir de Setembro, o único mestrado europeu em Ecologia Aplicada. O projecto será desenvolvido em parceria com mais três universidades europeias, anunciou hoje a instituição.

Paulo Sousa, coordenador do mestrado, explicou que o curso será ministrado em parceria com as Universidades de Poitiers (França), Kiel (Alemanha) e Norwich (Inglaterra) e que contará também com a colaboração de universidades do Brasil, Equador, Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália.

"Trata-se de consolidar a cooperação que já existia ao nível da investigação e trazer para o mestrado o now-how já existente", frisou o professor do Departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia, local onde vai decorrer a formação.

O mestrado europeu em Ecologia Aplicada vai formar especialistas capazes de desenvolver e conduzir projectos em ecologia aplicada em todo o mundo, "dotando-os de fortes competências, complementadas com uma especialização profissional num dos campos principais da ecologia", refere uma nota daquele departamento.

Segundo o investigador Paulo Sousa, o curso vai ser frequentado por 26 alunos, 20 provenientes de países de fora do espaço comunitário (americanos, chineses e africanos) e seis europeus, embora o número de candidaturas ultrapasse, neste momento, o meio milhar.

O projecto, financiado pela UE, através do programa Erasmus Mundo, pretende que "alunos e investigadores de fora do espaço da UE se possam formar na Europa". "É uma excelente oportunidade para os alunos trocarem e partilharem experiências e informações com os investigadores", afirmou Paulo Sousa, para quem "a ciência não se faz isoladamente, mas sim partilhando conhecimentos".

O professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC considerou que o mestrado "é uma mais valia porque permite aos estudantes ter formação e desenvolver as suas teses em países não europeus" e, assim, contactar com outro tipo de sistemas ecológicos. Por outro lado, "para a UC é uma forma de internacionalização, trazendo alunos e investigadores de outros países".

Paulo Sousa adiantou que, numa segunda fase, "num futuro muito próximo", a UC irá alargar o projecto até aos doutoramentos.

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