Professores precários e desempregados dos Açores protestam no sábado

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Os professores vão protestar contra o desemprego de pessoal docente em S. Miguel Rui Gaudêncio/arquivo

Professores e educadores precários e desempregados de S. Miguel, nos Açores, vão manifestar-se no sábado em Ponta Delgada, numa iniciativa de protesto que está a ser promovida através das redes sociais da Internet.

A manifestação, que terá lugar nas Portas da Cidade, é convocada por uma comissão representativa de professores e educadores precários e desempregados da maior ilha açoriana para demonstrar o descontentamento relativamente ao desemprego de pessoal docente em S. Miguel, que a organização estima atingir meia centena de professores. “Estão a acontecer algumas irregularidades nas escolas com o objectivo de reduzir de custos imposto pela tutela”, afirmou Sónia Penela, promotora da iniciativa, em declarações à Lusa, denunciando a “atribuição de horários a professores sem habilitações na área”.

Segundo esta docente desempregada, “estão a ser atribuídos horários a professores que não têm habilitações na área, o que acarreta implicações na colocação de docentes e no sucesso do ensino”, acrescentando que “na primeira colocação de oferta de emprego, divulgada a 30 de Agosto, entraram menos 227 professores na região em relação ao ano passado”.

Sónia Penela frisou que existem casos de “docentes de inglês do 3.º ciclo e do secundário que estão obrigados a dar aulas ao 1.º ciclo”.

“Isto é ilegal. As escolas não estão a contratar as pessoas que precisam, já que os conselhos executivos sempre que pedem um professor ouvem um não da Secretária Regional da Educação”, afirmou. Sónia Penela salientou ainda que há professores, “alguns dos quais com mais de 10 e 15 anos de contratos, que não foram colocados” e que, apesar de terem “formação complementar de pós-graduação e mestrado, vivem em pânico e desespero permanente sem saber qual será o seu futuro”.

Na sequência do actual quadro, a promotora do protesto espera que a iniciativa reúna os cerca de 50 docentes que estão no desemprego em S. Miguel, recordando que quatro dezenas de pessoas já aderiram na página que criou na rede social Facebook.

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