1º ciclo: estudo defende enriquecimento curricular numa perspectiva lúdica

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O estudo abrangeu cerca de três mil alunos e quase dois mil encarregados de educação Nélson Garrido/PÚBLICO

As actividades de enriquecimento curricular dos alunos do 1º ciclo devem ser realizadas em perspectiva lúdica e não como mais horas de aulas, defende um estudo divulgado em Coimbra.

O período de enriquecimento curricular dos alunos do 1º ciclo — duas horas diárias entre as 15h30 e 17h30 — entrou em vigor no passado ano lectivo, por determinação do Ministério da Educação, envolvendo aulas de Inglês, Música ou Educação Física, entre outras actividades.

"O problema são os tempos de lazer das crianças. Têm 25 horas de aulas por semana, mais dez horas de aulas de enriquecimento curricular, mais trabalhos de casa. É um horário superior a um trabalhador da construção civil", argumentou Lucília Salgado, docente da Escola Superior de Educação de Coimbra e coordenadora do estudo.

Lucília Salgado defendeu uma pedagogia "próxima do brincar, actividade em que a criança aprende imensas coisas", que tem por base a teoria do lazer: descansar, divertir e desenvolver.

"A criança deve aprender de forma lúdica. Não deve ser carregada com mais trabalhos escolares formais, mas ter uma aprendizagem através de actividades culturais", defendeu.

O estudo foi apresentado durante um encontro internacional subordinado ao tema "Aprender em Tempo de Lazer: o Enriquecimento Curricular" e abrangeu cerca de três mil alunos e quase dois mil encarregados de educação. Englobou oito agrupamentos e 64 escolas do primeiro ciclo do concelho de Coimbra, tendo participado 49 dos 85 professores e técnicos adstritos ao enriquecimento curricular.

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