Aceder à Internet através de uma rede sem fios (wi-fi) não será possível em seis estádios do Mundial: Arena Corinthians (São Paulo), Arena Pernambuco (Recife), Arena das Dunas (Natal), Estádio Castelão (Fortaleza), Mineirão (Belo Horizonte) e a Arena da Baixada (Curitiba). Isto porque não foi possível concluir a tempo a instalação das estruturas necessárias.

Eduardo Levy, presidente do Sinditelebrasil - sindicato que representa as empresas de serviço móvel brasileiro -, explicou esta quarta-feira que não houve negociação para instalar as estruturas, “que reforçariam melhor a transmissão de dados” dentro dos estádios.

“Em alguns casos não tivemos sucesso para colocar a rede wi-fi, porque não nos autorizaram. Onde não houver rede, a capacidade de dados é menor”, completou Levy.

Nestes recintos os adeptos poderão ter dificuldades em publicar fotografias nas redes sociais ou encaminhar vídeos que necessitem de ligação à Internet. “As pessoas vão querer fotografar muito mais do que falar e a fotografia consome muito mais dados que o serviço de voz”, afirmou Levy.

O sindicato estimou que, em média, num período de tempo de uma hora dentro de um estádio, poderão ser feitas cerca de 300 mil chamadas de voz, com uma duração média de 2,4 minutos, além das 24 mil conexões simultâneas de dados.

As empresas de serviços móveis conseguiram fazer instalações da infra-estrutura indoor em todos os estádios, ou seja, um reforço da cobertura convencional de Internet 2G, 3G e 4G, tendo sido instalados equipamentos como 164 mil metros de fibras ópticas e 3724 antenas para que a ligação seja mais rápida. No entanto, em São Paulo e Curitiba, não houve tempo suficiente para concluir o projecto – significando que, em algumas áreas do estádio, o sinal de Internet poderá ficar fraco ou inexistente. “Eles [os estádios] não terão boa cobertura nessas áreas pelo tempo insuficiente que tivemos para instalar essa cobertura. Mas isso ocorrerá em locais de menor importância para os adeptos”, sublinhou Levy.

O Itaquerão (Arena Corinthians, em São Paulo) foi o estádio que menos tempo teve para fazer a instalação das antenas na cobertura indoor. No entanto, Levy explicou que estão a fazer esforços nos sinais externos para que haja melhores condições de acesso. Do total de dias disponíveis para completar a instalação do sistema (150 dias), apenas tiveram 62 para alojar os equipamentos de reforço da rede no estádio.

De acordo com o site da Folha de São Paulo, as empresas investiram 68 milhões de euros para realizarem essas instalações.

Assim, a rede wi-fi vai estar disponível apenas nos estádios de Brasília (Mané Garrincha), Porto Alegre (Beira Rio), Salvador da Bahia (Arena Fonte Nova), Rio de Janeiro (Maracanã), Manaus (Arena Amazónia) e Cuiabá (Arena Pantanal).