FPF não tem candidaturas para receber Euro 2020

Portugal poderá ficar à margem do primeiro Campeonato da Europa de futebol "descentralizado".

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O estádio da Luz, em Lisboa, tem mais lugares do que o do Dragão, no Porto PEDRO CUNHA/Arquivo

Terminou nesta quinta-feira o prazo fixado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para que as cidades interessadas em receber jogos do Europeu de futebol de 2020 apresentassem as suas candidaturas. No entanto, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, não afastou por completo uma candidatura, afirmando que a decisão ainda está a ser discutida, em conjunto com a Câmara do Porto.

Fernando Gomes, presidente da FPF, tinha convidado as duas principais autarquias do país a formalizarem candidaturas, sendo que a capital tinha argumentos mais fortes: o Estádio da Luz tem maior lotação do que o do Dragão, a capacidade hoteleira é superior e o aeroporto da Portela suporta maior tráfego de aviões e de passageiros do que o Francisco Sá Carneiro. Mas, à FPF ainda não chegou qualquer proposta.

A FPF é uma das 32 filiadas na UEFA que mostraram interesse em organizar jogos da fase final do Europeu de 2020. Uma competição que se vai jogar em moldes inéditos. As partidas da fase final vão realizar-se em 13 países. As regras definidas exigem para as meias-finais e final estádios com lotação superior a 70 mil lugares, o que desde logo afasta essas três partidas de Portugal. Assim, no caso de uma das cidades se candidatar, poderá apenas acolher partidas da fase de grupos, dos “oitavos” ou dos quartos-de-final. Uma decisão final da UEFA só será tomada em Setembro, mas o prazo para entregar as candidaturas junto do organismo dirigido por Michel Platini termina no próximo dia 25.

Entre as cidades com candidaturas confirmadas publicamente nos últimos dias estão Roma, Dublin e Bruxelas. “Uma oportunidade como esta, que dá a possibilidade a tantas cidades e tantos países de organizar nem que seja uma parte de um Euro, é certamente algo de excelente, especialmente numa altura em que a situação económica não permite esperar que os países consigam investir em infra-estruturas que um evento destes requer”, afirmou o secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino, no Verão passado.

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