A “traição” de Lampard a Mourinho e o desastre defensivo do United

Chelsea empatou 1-1 na visita ao campeão Manchester City e lidera isolado. Leicester fez naufragar o Manchester United. Mónaco de Jardim obteve segundo triunfo

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Lampard pede desculpa pelo golo. Mas os adeptos do City ficaram contentes Paul Ellis/AFP

Foram 13 anos e isso não se esquece de um dia para o outro. Frank Lampard foi um símbolo do Chelsea, mas o seu reinado em Stamford Bridge terminou no final da temporada passada, quando deixou os blues para assinar pelo New York City. Só que a ausência do internacional inglês foi muito curta: o regresso à Premier League foi imediato, cedido ao campeão Manchester City. No duelo entre o presente e o passado, Lampard foi saudado pelos adeptos das duas equipas. Mas, quando marcou o golo que deu o empate (1-1), foram só os apoiantes do City a celebrar.

“Acordei esta manhã sem saber o que queria [que acontecesse]”, confessou Lampard no final do encontro, admitindo que não esperava marcar. O internacional inglês, de quem José Mourinho disse ser “um dos jogadores mais importantes” da história do Chelsea, foi lançado na recta final do encontro e marcou o golo que anulou a vantagem dos blues no marcador. Uma espécie de traição que Mourinho encaixou com desportivismo: “Talvez eu seja demasiado pragmático no futebol. Mas quando ele [Lampard] decidiu ir para o Manchester City acabou-se a história de amor. Fez o trabalho dele como um super-profissional, e fê-lo bem”, elogiou.

Os citizens foram superiores durante largos períodos do encontro (terminaram com um total de 12 remates contra quatro dos blues), mas viram-se em desvantagem no marcador aos 71’. Schürrle, lançado por José Mourinho poucos minutos antes, recebeu um passe de Hazard e fez o 0-1. Mas Manuel Pellegrini também tinha um trunfo na manga. Lampard entrou para o lugar de Kolarov aos 78’ e, sete minutos depois, rematou para o fundo da baliza defendida por Courtois.

O empate nem foi um mau resultado, admitiu Mourinho: “Jogámos em casa do campeão e saímos como líderes”, sublinhou. Após cinco jornadas, o Chelsea comanda a classificação com três pontos de vantagem sobre os mais directos perseguidores – o Arsenal está a quatro, o Manchester City mantém-se a cinco, enquanto o Liverpool ficou a sete e o Manchester United a oito.

Os red devils viveram outro episódio negativo nesta temporada que se queria de redenção. Sob a liderança de Louis van Gaal, o Manchester United foi campeão do mercado de transferências (gastou mais de 188 milhões de euros em reforços neste Verão) mas os resultados contam uma história diferente. Na visita ao recém-promovido Leicester City as fragilidades defensivas foram evidentes e os pontos fugiram outra vez. Após liderar por 1-3 (golos de Van Persie, Di María e Herrera), o United acabou batido por escandalosos 5-3. “Como é possível deixar fugir um jogo desta maneira?”, questionou-se Louis van Gaal.

Festejo com a avó
A Roma não deixou a Juventus fugir no topo da Liga italiana: seguem ambos no topo, com três vitórias em outras tantas jornadas. O emblema da capital recebeu e bateu o Cagliari com golos de Mattia Destro e Alessandro Florenzi – que foi à bancada comemorar com a avó. “Ela nunca tinha vindo ver-me jogar”, justificou o jovem internacional italiano.

Na Liga francesa, o Paris Saint-Germain deixou fugir o triunfo frente ao Lyon ao sofrer um golo nos últimos minutos (1-1). E o Mónaco abandonou a zona de despromoção graças a uma vitória por 1-0 sobre o Guingamp – Ricardo Carvalho, João Moutinho e Bernardo Silva jogaram os 90’. Desde o início da época que os adeptos monegascos não viviam dias assim: após ter batido, a meio da semana, o Bayer Leverkusen (1-0) na primeira jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, o Mónaco obteve o segundo triunfo no campeonato e soma sete pontos, os mesmos que o Caen, décimo na Ligue 1.

O aproveitamento do Barcelona continua a ser de 100%: a equipa de Luis Enrique obteve a quarta vitória em outras tantas jornadas, registando 11 golos marcados e zero sofridos. Na visita ao Levante goleou por 0-5, com Neymar, Rakitic, Sandro, Pedro Rodríguez e Messi (que falhou um penálti) a construírem o resultado.

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