Itália ou Uruguai: hoje outro campeão do mundo fica pelo caminho

Aos "azzurri" basta um empate. Para a "Celeste", a vitória é o único resultado que interessa.

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Diego Pérez e Suárez Toru Hanai/Reuters
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Pirlo e Balotelli Carlos Barria/Reuters

Consumado o afastamento da Inglaterra (campeã mundial em 1966), há, para já, uma certeza – após o embate desta tarde, entre Itália e Uruguai, haverá outra antiga vencedora de um Campeonato do Mundo a dizer adeus ao Brasil. Isto porque, graças ao apuramento de uma sensacional Costa Rica, resta, no grupo D, um único bilhete para os oitavos-de-final da prova.

Quase um ano depois de se terem defrontado na Taça das Confederações, no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares (que terminou com a vitória dos “azzurri” nas grandes penalidades), italianos e uruguaios voltam a medir forças ao mais alto nível, sendo que, desta vez, garantir um empate no tempo regulamentar de nada servirá aos comandados de Oscar Tabarez. É que, apesar de as duas equipas entrarem em campo com os mesmos pontos, a "Celeste" tem uma diferença de golos menor, pelo que só vencendo conseguirá garantir a passagem à próxima fase.

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E se é verdade que o cenário parece ser mais risonho para a equipa de Pirlo e companhia, a realidade é que o peculiar clima brasileiro tem incomodado mais os homens de Prandelli. “Na segunda parte [referindo-se ao jogo com a Costa Rica], sofremos, o calor impediu-nos de manter a lucidez”, admitiu Claudio Marchisio, da Juventus. Também Gianluigi Buffon, colega de equipa e da selecção, abordou o tema. “As equipas europeias têm sentido mais dificuldades que as latino-americanas”, começou por dizer o experiente guarda-redes, para, logo depois, deixar claro que não se refugiria atrás dessa atenuante: “De qualquer forma, isso não é desculpa. O clima é o mesmo para todas as equipas”.

Daí que, na cabeça dos italianos, cujo palmarés incluiu quatro taças Jules Rimet, só esteja a passagem à próxima fase da prova, evitando a desilusão que foi o desempenho da equipa no último Mundial, da África do Sul (último lugar do grupo, com apenas dois pontos). E o principal perigo até já está identificado. “Sabemos muito sobre o Cavani, graças aos jogadores que actuam no Nápoles. Mas sabemos menos sobre o Luis Suárez”, confessou Buffon.

Quanto a Oscar Tabárez, nem quer ouvir falar de um Uruguai a acusar a responsabilidade. “Tenho um grupo que consegue lidar bem com isso. A pressão foi pior contra a Inglaterra, ou acha que fomos às compras?”, ironizou, no final do último jogo. Ainda assim, o homem do leme no Uruguai mostra-se consciente do valor do adversário: “Foram campeões do mundo quatro vezes e temos muito respeito por eles. Vai ser um desafio duro mas acredito que teremos as nossas oportunidades.” Tabárez confirmou ainda o regresso de Maxi Pereira à equipa, depois de cumprido um jogo de castigo.

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