Se é verdade que um recorde europeu dos mais difíceis de bater merece um palco a condizer para ser quebrado, então, Anfield preenche os requisitos. A mítica casa do Liverpool acolhe nesta segunda-feira (19h45) o embate entre o clube inglês e o Real Madrid, num jogo que é mais do que apenas uma partida da terceira jornada do Grupo B da Liga dos Campeões. É que, se Cristiano Ronaldo marcar três golos em Anfield, o português ultrapassa o espanhol Raúl na lista de melhores marcadores da prova, uma vez que chega aos 72 golos, mais um do que os apontados pelo goleador espanhol. E o momento parece ser o ideal.

Enquanto Cristiano Ronaldo atravessa uma das melhores fases da sua carreira — o internacional português já leva 19 golos em 12 jogos (somando todas as competições) — o Liverpool está longe de mostrar o fulgor que o levou ao segundo lugar da Premier League na época passada e só venceu cinco jogos em 11 disputados.

A favor do Liverpool apenas o histórico de embates entre os dois clubes na Champions. Os reds venceram todos os três anteriores duelos já realizados com o Real e só saíram derrotados em dois dos 12 encontros efectuados contra equipas espanholas desde 2002.

No capítulo das lesões, haverá baixas dos dois lados. No Real Madrid não jogarão Gareth Bale, Sergio Ramos e Fábio Coentrão, enquanto no Liverpool a principal dor de cabeça é a ausência de Daniel Sturridge. No outro encontro do grupo, o Ludogorets vai tentar, frente ao Basileia do português Paulo Sousa, conquistar os seus primeiros pontos, depois de ter conseguido assustar aquelas que, em teoria, seriam as equipas mais difíceis do grupo (chegou a estar empatado em Anfield e a vencer o Real).

No Grupo C, que integra o Benfica, o Bayer Leverkusen recebe o Zenit com as duas equipas a virem de empates nos respectivos campeonatos. Na antecipação da partida, Roger Schmidt confessou o desejo de iniciar o encontro da mesma forma que o fez contra o Benfica, na ronda anterior, e que rendeu um triunfo folgado. Já Villas-Boas alertou os seus jogadores de que não podem jogar da mesma forma que o têm feitos nas partidas mais recentes e que proporcionaram três igualdades.

Já no Grupo D, o Anderlecht tem que vencer em sua casa o Arsenal se quer manter alguma esperança em passar à fase seguinte. Com um ponto em duas jornadas, os belgas têm a corda no pescoço, mas o actual mau momento dos gunners poder ser a oportunidade que precisam para passar à fase seguinte pela primeira vez desde 2000-01, embora não tenham ganho qualquer dos seus últimos 10 jogos da Champions. A formação britânica empatou (2-2) em sua casa com o Hull City na última jornada da Premier League e já está a 11 pontos de distância do topo. Para além disso, vai a Bruxelas sem os lesionados Mesut Ozil, Olivier Giroud e Mathieu Debuchy, e o guarda-redes Wojciech Szczesny, castigado.

No outro encontro do grupo, o Borussia Dortmund será colocado à prova no terreno dos turcos do Galatasaray. Com um bom desempenho europeu, onde obteve dois triunfos em outros tantos jogos, a equipa de Jurgen Klopp está a realizar um arranque de temporada deplorável na Bundesliga, em que é 14.º após oito rondas do campeonato — é o pior início dos últimos 27 anos. Tentador para um Galatasaray incapaz de derrotar um clube alemão nos últimos seis confrontos que disputou.

Por último, no Grupo A, o Malmo vai tentar contrariar o favoritismo do Atlético de Madrid (sem Tiago, ausente devido a lesão), enquanto a Juventus enfrenta o Olympiacos, depois de ter visto terminar no último fim-de-semana uma série de seis jogos a vencer na Série A.