FC Porto aproveita (pouco) o deslize do Benfica

Com o empate na Madeira frente ao Nacional (1-1), os “dragões” ficam a depender apenas de si próprios para chegarem ao título.

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Reuters

A 25 de Janeiro, uma viagem turbulenta do FC Porto ao Funchal parecia ter oferecido numa bandeja de prata o título ao Benfica, mas no dia seguinte os “encarnados” foram ao tapete em Paços de Ferreira e desbaratam a oportunidade de ficarem com nove pontos de vantagem. Quase dois meses depois, os “dragões” voltaram à Madeira, mas agora tiveram direito a prenda antecipada das “águias”. E quase imitaram o rival. Uma dúzia de minutos depois de o Benfica se espalhar ao comprido em Vila do Conde, o FC Porto entrou em campo na Choupana, mas não teve uma noite cor de rosa: Tello deu vantagem aos portistas, mas um golo de Wagner deixou os “azuis e brancos” com apenas um ponto na bagagem.

O saldo da jornada é favorável para o FC Porto, que entrará nas últimas jornadas a depender apenas de si, mas depois de o Benfica mostrar incompetência em Vila do Conde, o empate dos “dragões” ante o Nacional tem um leve travo a derrota.

Ainda sem Jackson, Julen Lopetegui colocou em campo a equipa previsível, apenas com uma (pequena) surpresa: Óliver ficou no banco e Evandro completou o trio do meio campo. O ex-Estoril não teve a influência de outros jogos e o FC Porto, apesar da habitual supremacia na posse de bola, nunca teve um domínio absoluto na partida. Sem três titulares (Marçal, Tiago Rodrigues e Marco Matias), o Nacional teve como principal trunfo a competência habitual de Aly Ghazal e Saleh Gomaa. Os dois egípcios venceram muitas das batalhas no centro do terreno e foram fundamentais para a inépcia ofensiva dos “dragões”.

A primeira parte foi desinteressante q.b., com muito poucas oportunidades para ambos os lados. Os portistas tiveram quase sempre o controlo, mas nos primeiros 20 minutos apenas de bola parada provocaram sustos a Gottardi. No entanto, na parte final do primeiro tempo surgiu, finalmente, alguma agitação. Primeiro por Alex Sandro, que aos 37’ rematou cruzado com perigo e, três minutos depois, Lucas João deu a primeira demonstração de inabilidade ao rematar fraco quando se encontrava em boa posição. O zero no marcador assentava bem ao que se tinha passado, mas aos 45’ Tello inventou um golo: com uma grande jogada individual, o espanhol colocou o FC Porto a ganhar.

Com o que seria, em teoria, mais difícil já atingido (chegar à vantagem), os “dragões” até entraram bem nos últimos 45 minutos (remate de Maicon à barra), mas a pouco e pouco foram recuando no terreno e os madeirenses ganharam confiança. Aos 54’, Christian deixou o primeiro aviso (boa defesa de Helton) e, nove minutos depois, o recém-entrado Wagner fez o empate.

Só aí o FC Porto voltou a acordar e, logo de seguida, teve boas ocasiões por Danilo e Aboubakar, mas seria Lucas João, aos 71’, a ter a hipótese de marcar um dos golos mais fáceis da Liga — com a baliza aberta, o angolano rematou por cima e evitou novo naufrágio dos “dragões” no Funchal.

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