Benfica foi capaz de resistir à pressão e recuperou a liderança do campeonato

Um triunfo na Madeira, frente ao Nacional, devolveu o primeiro lugar na I Liga aos campeões nacionais, que deram a volta ao marcador e depois souberam segurar a vantagem.

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Salvio festeja com Maxi Pereira o seu golo na Choupana Gregório Cunha/AFP

Jorge Jesus tem dito várias vezes que, no Benfica, a pressão não assusta e que quem veste a camisola encarnada está habituado a lidar com ela. Ora neste domingo, na Choupana, os jogadores benfiquistas tiveram que provar que esta afirmação do seu técnico tem base de sustentação. E a verdade é que ultrapassaram o teste de stress, derrotando o Nacional por 2-1.

Os campeões nacionais aterraram na Madeira sabendo que tinham que ganhar se quisessem manter o primeiro lugar na classificação. Dois dias antes, o Vitória de Guimarães tinha dado seguimento a um excelente início de época vencendo em Arouca e roubando o primeiro lugar ao Benfica. Mais. Outro resultado que não fosse o triunfo poderia ainda servir como factor extra de motivação para os rivais mais fortes na corrida ao título, pois quer Sporting, quer FC Porto entravam em campo já sabendo do resultado dos benfiquistas. E, mal começou o jogo na Choupana, um golo do Nacional tornou as coisas ainda mais stressantes, pois Edgar Abreu, num remate de fora da área, inaugurou o marcador, logo ao primeiro minuto. Para pressão, não está mal.

A perder, o Benfica teve a sorte de, praticamente no primeiro lance em que chegou à baliza do Nacional após ter sofrido o golo, marcar, contando com a preciosa contribuição do guarda-redes Rui Silva, que ao defender o cabeceamento do argentino introduziu a bola dentro da sua baliza.

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Mesmo sem a inspiração de Talisca, que Jorge Jesus fez jogar um pouco mais recuado no terreno, o Benfica foi tomando conta do jogo, sobretudo porque a velocidade de Gaitán e as movimentações de Jonas conseguiam baralhar a defesa insular.

Por isso, e apesar de um remate de Marco Matias, que aproveitou o desnorte posicional de Talisca para dar trabalho a Júlio César, os “encarnados” foram ameaçando, até que Jonas, após um canto, deu a direcção certa a um ressalto de bola já no interior da área do Nacional e consumou a reviravolta.

Com três golos no primeiro tempo, a segunda parte foi bem diferente. O Benfica começou cedo a gerir a vantagem, tentando adormecer o jogo e desinteressando-se, cada vez mais, da baliza adversária.

Só que este Nacional (ainda) não é o de outros épocas. Apesar do esforço, apenas Marco Matias era capaz de incomodar de forma séria a defesa benfiquista e pode mesmo queixar-se de um fora de jogo mal assinalado pela equipa de arbitragem, que parou o jogador quando este se isolava. Só que um lance de real perigo em 45 minutos foi pressão que o Benfica conseguiu aguentar.

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