É sob o lema “Façam os sonhos de milhares de crianças: doem o vosso equipamento”, que o Museu Olímpico pretende “engordar” a sua colecção de objectos que pertenceram aos atletas olímpicos e que marcaram a história dos Jogos. A camisola de Rosa Mota, usada na maratona de Seul, em 1988, é uma das raridades presentes no Museu.

O Museu Olímpico, em Lausanne, na margem do Lago Léman, pretende contar com a vara de Renaud Lavillenie, actual campeão olímpico e recordista do mundo de salto com vara.

Yasmin Meichtry, responsável pelo património cultural do Comité Olímpico Internacional (COI), disse que os desportos estreantes como o golfe ou o râguebi também estarão “na mira” de uma brigada de cinco pessoas, incumbida de convencer os atletas a oferecerem os seus assessórios, sapatos, luvas, chapéus, roupas e, claro, o material de competição. Nas Olimpíadas de Londres, em 2012, foram recolhidos cerca de 300 objectos. "Para o Rio, não definimos uma meta quantitativa. Apostaremos mais na qualidade”, explicou Meichtry.

Nesta "caça ao tesouro", a raquete de Roger Federer é um sonho antigo, que Meichtry justificou: “Ele fez muito pelos Jogos Olímpicos”.

Para além da vara de Lavillenie e da raquete de Federer, na “lista ideal” do Museu Olímpico estarão também objectos de Allyson Felix, campeã olímpica por quatro vezes, e de Segun Toriola, mesa-tenista nigeriano, que, aos 41 anos, estará na sua sétima participação olímpica, um recorde entre atletas africanos.

Estes objectos poderão juntar-se à já referida camisola de Rosa Mota, às medalhas de ouro que Jean-Claude Killy ganhou em 1968, nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Grenoble, ou a uma das coroas de louros oferecidas aos atletas nos primeiros Jogos da Era Moderna, em 1896, em Atenas. Texto editado por Jorge Miguel Matias