As catástrofes naturais que abalaram o mundo em 2009 causaram a morte a dez mil pessoas, um número menor do que a média anual da última década (75 mil), e custaram cerca de 50 mil milhões de dólares (34,7 mil milhões de euros), informou hoje a resseguradora Munich Re.

O fenómeno natural mais mortífero de 2009 foi o sismo que abalou a ilha indonésia de Sumatra a 30 de Setembro. Morreram 1200 pessoas.

Este ano, o planeta foi poupado às grandes catástrofes e viveu uma época de furacões mais calma no Atlântico Norte. O ano de 2008 foi um dos mais devastadores jamais registados, com 220 mil mortos.

No entanto, o número de catástrofes, 850 este ano, é superior à média. E se os riscos de fenómenos geofísicos, como sismos, se mantêm inalterados, “a tendência é para um aumento das catástrofes devido às alterações climáticas”, constatou Peter Hoppe, que dirige o sector de gestão de riscos naturais da Munich Re.

Desde 1950, o número de fenómenos climáticos extremos já triplicou. “As alterações climáticas são, provavelmente, responsáveis por uma parte significativa” desses fenómenos, disse Torsten Jeworrek, membro da direcção da Munich Re. “Os danos causados pelas alterações climáticas vão continuar a aumentar no futuro”, salientou.

No ano passado, as catástrofes climáticas causaram 45 por cento dos prejuízos cobertos pelas seguradoras em todo o mundo, ou seja, 22,5 mil milhões de dólares (15,6 mil milhões de euros).

A catástrofe mais cara do ano foi a tempestade Klaus, que se abateu sobre o Norte de Espanha e a França em Janeiro. As rajadas de vento que atingiram os 195 quilómetros/hora destruíram centrais fotovoltaicas e privaram mais de um milhão de pessoas de electricidade. As perdas foram estimadas em 5,1 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros), três mil milhões (dois mil milhões de euros) cobertos pelas seguradoras.

As tempestades e os tufões também fizeram estragos graves na Ásia, nomeadamente no Vietname e em Taiwan.

No total, as catástrofes naturais causaram 50 mil milhões de dólares (34,7 mil milhões de euros) de prejuízos.