Catembe, o filme moçambicano que a ditadura cortou até ao Guinness
No episódio desta semana, a conversa começa com a escolha de candidato presidencial da Frelimo, passa pela influência da Rússia em África e termina com uma entrevista sobre o filme
Neste novo episódio, Elísio Macamo e António Rodrigues conversam com a investigadora Maria do Carmo Piçarra sobre o filme que o Estado Novo pôs no Livro de Recordes Guinness, ao ser ainda hoje o mais censurado da história do cinema, antes de o proibir definitivamente, mesmo já trucidado com 109 cortes e menos 40 dos seus 85 minutos originais.
O filme chama-se Catembe: Sete Dias em Lourenço Marques e foi realizado em Moçambique por Manuel Faria de Almeida em 1965. Maria do Carmo Piçarra publicou agora um livro a contar essa história, Catembe, Esse Obscuro Desejo de Cinema.
Além da entrevista, a conversa gira em torno da escolha de candidato presidencial da Frelimo, que, ao fim de longas discussões internas, acabou por ser aquele que o Presidente Filipe Nyusi queria, o governador de Inhambane, Daniel Chapo.
O outro tema tem estado muito na ordem do dia, o acordo militar de São Tomé e Príncipe com a Rússia e a crescente influência de Moscovo em África em geral e na CPLP em Portugal.
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