Sobre a impossibilidade de regredir

Os revivalismos culturais, sociais, e mesmo os políticos, são hoje uma atividade experimental, sem consistência programática e, dado o seu carácter exploratório, nunca terão o poder que antes tiveram.

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Nas aulas de Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), há quase sempre alunos que se propõem gravar os seus documentários com câmaras do século passado. Movem-nos razões diversas, como uma rebelião low tech contra o que consideram ser um excesso de nitidez da imagem digital, a nostalgia por um tempo que nunca viveram ou apenas a tentativa de criar um mundo distinto. Noutras disciplinas da escola, estes alunos terão estudado Pudovkin, o realizador e teórico soviético que escreveu: “Entre os eventos projetados num ecrã e a realidade concreta desses eventos quando inscritos no mundo, existe uma clara diferença. É exatamente esta diferença que faz do cinema uma arte.”

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