Quem quer ser primeiro-ministro tem de ser escrutinado a sério

Ao aproximar-se uma eleição, os jornais enchem-se de perfis sobre os líderes partidários e as televisões fazem entrevistas peripatéticas, com visitas ao café onde tomam a bica e à escola onde andaram.

A razão pela qual chegamos às vésperas de eleições e levamos com carradas de casos, casas, casinhos e casonas envolvendo candidatos a primeiro-ministro deriva da falta de uma verdadeira cultura de escrutínio por parte da comunicação social que, se há 20 anos já fazia falta, hoje em dia é absolutamente imprescindível. Este escrutínio é muitas vezes visto como uma intromissão na esfera privada dos políticos. Não deveria ser. A simples existência de tal sentimento, aliás, é reveladora de uma cultura eticamente laxista, à qual parecemos condenados para a eternidade em virtude do nosso ADN mediterrânico, sempre muito compreensível para com o jeitinho e a liberalidade.

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