A nova política da cadeira vazia

É necessário notar que um foco excessivo na Hungria e em Orbán obscurece os complexos problemas levantados por esta ambiciosa política de alargamentos da União Europeia.

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1. Na cimeira de 14 e 15 de Dezembro dos chefes de Estado e de governo da União Europeia (Conselho Europeu), a abertura de negociações de adesão da Ucrânia concentrava as atenções da opinião pública. Como é habitual na coreografia política europeia, quando há decisões importantes a tomar, cria-se um deliberado ambiente de dramatização nas semanas anteriores, o qual se intensifica à medida que se aproxima a cimeira. Como num bom drama, há sempre heróis e vilões. Neste caso, o vilão político maior, que, aliás, gosta de desempenhar esse papel, é Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria. Nos dias anteriores emergiu a ideia de que toda a restante União Europeia — ou seja, 26 Estados-membros — estaria unida a favor da adesão da Ucrânia.

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