O PRR e o vale da morte

Enquanto os organismos públicos têm beneficiado de taxas de pagamento francamente mais elevadas, as empresas privadas têm sido mantidas em banho-maria.

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Foi talvez o primeiro livro sobre estratégia empresarial que me prendeu à cadeira. O título era Only the Paranoid Survive, publicado em 1996, da autoria de Andy Grove — célebre executivo da multinacional Intel, que então dominava a indústria de microprocessadores e que, em aliança com a Microsoft, contribuíra para a criação do que ficou conhecido como o padrão “Wintel”. Na obra, que haveria de ser editada em português sob o título de Só os Paranóicos Sobrevivem, abordavam-se os momentos em que as organizações são confrontadas com mudanças abruptas que modificam por completo as suas formas de operar. Momentos aos quais estão associados pontos estratégicos de inflexão, de renascimento ou ocaso empresarial, cuja definição final envolve a travessia, nas palavras já antigas do autor do livro, de um vale da morte (“valley of death”). Pois bem, a economia portuguesa está hoje perante um desses momentos.

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