Tojó, o homem condenado pela morte dos pais em Ílhavo, vai sair em liberdade condicional

O juiz que analisou o processo diz que o arguido dispõe de apoio familiar e mostra-se arrependido pelos actos cometidos.

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Nuno Ferreira Santos

O homem condenado a 25 anos de prisão por ter esfaqueado mortalmente os pais em 1999, em Ílhavo, vai sair em liberdade condicional na próxima terça-feira, segundo um despacho do Tribunal de Execução de Penas de Coimbra.

O Tribunal de Execução de Penas de Coimbra determinou a libertação do condenado em 7 de Março de 2017, considerando que estão reunidos os pressupostos necessários para a concessão da liberdade condicional.

António Jorge Machado, conhecido como Tojó, encontra-se detido no estabelecimento prisional de Coimbra desde 16 de Agosto de 1999, quando foi detido pela Polícia Judiciária, tendo cumprido dois terços da pena em Abril de 2016.

O juiz que analisou o processo diz que o arguido dispõe de apoio familiar e mostra-se arrependido pelos actos cometidos, concluindo que existem condições para que o mesmo se mantenha afastado da prática de novos crimes.

De acordo com a decisão, o arguido não poderá ausentar-se da residência por mais de cinco dias sem autorização do tribunal e deverá ter acompanhamento psicológico, se for necessário.

António Jorge Machado foi condenado pelo Tribunal de Ílhavo, em 17 de Abril de 2001, a duas penas parcelares de 23 anos de prisão, pela prática de dois crimes de homicídio qualificado, tendo-lhe sido aplicada uma pena única de 25 anos, em cúmulo jurídico.

A então mulher de Tojó e um amigo, coarguidos no mesmo processo, foram absolvidos, por falta de provas.
O duplo homicídio que ocorreu na noite de 11 para 12 Agosto de 1999 em Ílhavo, Aveiro, ficou conhecido como “crime satânico”, por ter ocorrido poucas horas após o último eclipse solar do século XX e pelo facto de os suspeitos integrarem um grupo de “death metal”.

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