Wawrinka surpreende no Open dos EUA e vence Dkjokovic

O tenista suíço deu a volta ao líder do ranking e igualou os três Slams de Andy Murray.

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Stanislas Wawrinka celebra a vitória no Open dos EUA Jewel SAMAD/AFP

O tenista suíço Stanislas Wawrinka deu a volta a um set de desvantagem para superar domingo o sérvio Novak Dkjokovic na final do US Open e conquistar o seu terceiro troféu do Grand Slam.

Depois dos triunfos na Austrália (2014) e em Roland Garros (2015), Wawrinka, de 31 anos, triunfou em Nova Iorque ao superar o líder incontestável do ranking mundial em quarto sets, pelos parciais de 6-7 (1-7), 6-4, 7-5 e 6-3.

Ao fim de quase quatro horas de grande ténis, o helvético, que nunca foi líder do ranking mundial, ficou a um triunfo em Wimbledon de completar o Grand Slam e igualou os três troféus nos quatro “grandes” de Andy Murray.

"Treino no duro há muitos anos, desde miúdo. O meu objectivo sempre foi dar tudo o que tenho para ser o melhor possível. Nunca fui o número 1, mas, passo a passo, vou melhorando e subindo. Foi o que fiz aqui", disse Wawrinka, ainda no court, antes de receber um cheque de 3,5 milhões de dólares.

A chave do triunfo esteve nos pontos de break, com Novak Djokovic, que acabou o encontro com problemas físicos, tendo de ser assistido duas vezes, a concretizar apenas três de 17, enquanto Wawrinka logrou materializar seis de 10.

O suíço, que venceu as suas últimas 11 finais, desde 2014, incluindo as suas três do Grand Slam, fez também mais winners (46 contra 30), mais ases (nove contra seis) e menos duplas-faltas (três contra sete), o que compensou o maior número de erros não forçados (51 contra 46).

"Wawrinka é um grande campeão, foi mais corajoso nos momentos decisivos e mereceu completamente ganhar este título", reconheceu Djokovic, depois de falhar o que seria o seu 13.º título do Grand Slam.

Djokovic, que este ano já tinha triunfado na Austrália e em Roland Garros e era o detentor do título, começou melhor e chegou a 3-0, com um break no segundo jogo, para, depois chegar a 5-2 e ter dois pontos de break para fazer o 6-2.

O suíço salvou-os, reduziu para 5-3 e conseguiu o break no jogo seguinte. Os dois tenistas seguraram depois os seus jogos de serviço e tudo se decidiu no tie-break, completamente dominado pelo sérvio, vencedor por 7-1.

Wawrinka não acusou o desaire e, com um break no quarto jogo, chegou a 4-1 no segundo set, com o sérvio a reagir e a empatar a quatro. O suíço segurou, então, o serviço e fez o 5-4, para, depois, fazer novo break e selar o 6-4.

Moralizado, o helvético arrancou o terceiro parcial com 3-0, mas Djokovic voltou (3-3). À imagem do parcial anterior, os jogadores foram, depois, segurando o serviço, até ao 12.º jogo, no qual o sérvio teve um ponto para forçar novo tie-break, mas foi Wawrinka a fazer o 7-5.

O quarto set também arrancou com um 3-0 para Wawrinka, que, desta vez, jamais perdeu o controlo do parcial, alheando-se dos problemas físicos que Djokovic começou a sentir, tendo mesmo de ser assistido duas vezes.

A vencer por 5-2, o suíço não conseguir fechar o triunfo no serviço do líder do ranking mundial, mas, de volta ao serviço, concretizou o 6-3 ao segundo match point, nas vantagens, depois de ter estado a perder por 0-30.

Wawrinka pôde, assim, festejar o seu terceiro título do Gram Slam, num torneio em que teve de salvar um match point na terceira ronda, face ao britânico Daniel Evans, que bateu por 4-6, 6-3, 6-7 (6-8), 7-6 (10-8) e 6-2.

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