Pires de Lima: “Resistimos à tentação de subir o IVA em 2015”

Spbre a TAP, ministro da Economia diz que até ao final do ano "ainda faltam nove semanas e nove semanas em política é um tempo razoavelmente longo".

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Pires de Lima nas jornadas parlamentares Enric Vives-Rubio

O ministro da Economia, António Pires de Lima, revelou que existiu resistência no Conselho de Ministros em aumentar o IVA em 2015, taxas de dormidas e taxas aeroportuárias.

As declarações foram feitas aos deputados da maioria, nas jornadas parlamentares, no dia em que o líder da bancada do PSD defendeu, esta sexta-feira, em entrevista ao PÚBLICO, ser um “erro” que os dirigentes da coligação venham a público falar de discussões internas do Conselho de Ministros. 

"Resistimos em Conselho de Ministros à tentação de aumentar o IVA em 2015", afirmou Pires de Lima, na sua intervenção, não esclarecendo se a resistência foi de alguns ministros ou se de todos.

Já no caso das taxas aeroportuárias, o ministro referiu-se ao Conselho de Ministros como um todo que evitou a “tentação” de criar mais carga fiscal. O mesmo apontou para as taxas de dormidas, medida levou o ministro há três dias a criticar o presidente da Câmara de Lisboa e candidato a primeiro-ministro do PS, António Costa.

"Evitámos a tentação, mesmo em estado de necessidade orçamental - porque ainda estamos em défice -, de criar taxas de dormidas a nível nacional. Representaria, atendendo a que a taxa de ocupação na hotelaria ainda está a 50 e 60%, uma impossibilidade prática dos empresários passarem essas taxas para os preços dos quartos", afirmou, deixando um recado a Costa e autarcas da maioria.

“Não acredito que nenhum presidente de câmara dos partidos da coligação leve por diante a ideia de taxas e taxinhas sobre a hotelaria e turismo. Não me parece que isso vá acontecer”, advertiu o ministro, sublinhando acreditar “no bom senso dos autarcas”.

Relativamente ao cenário da economia portuguesa, Pires de Lima falou em “sinais positivos” que têm de também “ir chegando à vida das pessoas, através da criação de emprego, da melhoria dos salários e através da manutenção dos níveis de confiança dos agentes económicos e dos consumidores”.

No final da intervenção, Pires de Lima foi questionado pelos jornalistas sobre se haveria abertura de processo de privatização da TAP nas próximas semanas. O ministro foi evasivo: “Até ao final do ano ainda faltam nove semanas e nove semanas em política é um tempo razoavelmente longo".

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