Quem inicia a guerra não procura a paz

Moscovo e Kiev acusam-se mutuamente da ficção em que se transformaram as negociações de paz. Estas só se tornarão reais quando a Ucrânia estiver em manifesta inferioridade ou a Rússia começar a achar incomportável o preço da invasão.

Quem inicia uma guerra não está à procura da paz. Esta palavra não faz parte do vocabulário russo neste momento. O Kremlin só aceitará proclamar vitória se obtiver uma rendição ucraniana. Quem pretende chegar à Transnístria — uma região pró-russa na qual se ouviram várias explosões ontem —, mesmo que isso implique invadir a Moldova, só pretende prolongar a guerra. À Ucrânia resta resistir o melhor possível (contra todas as expectativas iniciais, face à discrepância militar entre os dois países), adiando a capitulação, como tem evitado até aqui.

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Quem inicia uma guerra não está à procura da paz. Esta palavra não faz parte do vocabulário russo neste momento. O Kremlin só aceitará proclamar vitória se obtiver uma rendição ucraniana. Quem pretende chegar à Transnístria — uma região pró-russa na qual se ouviram várias explosões ontem —, mesmo que isso implique invadir a Moldova, só pretende prolongar a guerra. À Ucrânia resta resistir o melhor possível (contra todas as expectativas iniciais, face à discrepância militar entre os dois países), adiando a capitulação, como tem evitado até aqui.