Inflação no Reino Unido atingiu o nível mais alto em 30 anos nos 6,2%

Banco de Inglaterra já subiu fez três subidas da taxa de juro que se situa actualmente em 0,75%.

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EPA/NEIL HALL

O índice de preços do consumidor (IPC) do Reino Unido situou-se em 6,2% em Fevereiro, a taxa de inflação mais alta em 30 anos, e acima dos 5,5% em Janeiro, anunciou esta quarta-feira o Office for National Statistics (ONS).

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O índice de preços do consumidor (IPC) do Reino Unido situou-se em 6,2% em Fevereiro, a taxa de inflação mais alta em 30 anos, e acima dos 5,5% em Janeiro, anunciou esta quarta-feira o Office for National Statistics (ONS).

A inflação está a acelerar em vários países do mundo, agravada pela guerra na Ucrânia, que está a ampliar a aumento de preços da energia e das matérias-primas, como é o caso dos Estados Unidos e da União Europeia.

De acordo com Grant Fitzner, economista chefe do ONS, “a inflação subiu acentuadamente em Fevereiro à medida que os preços subiram numa vasta gama de bens e serviços em produtos tão diversos como alimentos, brinquedos e jogos”.

“O vestuário e o calçado viram um regresso aos tradicionais aumentos de preços de Fevereiro, após as quedas verificadas no ano passado, quando muitas lojas foram fechadas”, avança Fitzner num comunicado.

Contribuíram também para esta subida os aumentos dos preços do mobiliário e dos combustíveis e produtos energéticos.

“O preço dos bens que saem das fábricas britânicas também aumentou substancialmente e encontra-se agora na sua taxa mais alta em 14 anos”, disse Fitzner.

A nova taxa de inflação surge no mesmo dia em que o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, deverá revelar o seu plano financeiro para o Reino Unido, para fazer face ao aumento do custo de vida e ao mesmo tempo eliminar parte do défice incorrido durante a pandemia.

O Banco de Inglaterra aumentou as taxas de juro no Reino Unido de 0,5% para 0,75% no dia 17 de Março, o terceiro aumento consecutivo que o banco central fez para conter a inflação.

Este terceiro aumento em apenas quatro meses foi visto como uma tentativa do banco central britânico para contrariar o aumento do custo de vida no Reino Unido, com uma inflação muito acima da meta de 2% estabelecida pela instituição.