Especulação financeira está a agravar risco de crise alimentar

A volatilidade dos preços das matérias-primas vai prolongar-se durante os próximos meses e o encarecimento dos produtos alimentares é inevitável. Os governos, alerta a FAO, “devem estar preparados para alargar os apoios sociais”.

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Preços mantêm-se 20% acima do registado antes do início da guerra. Reuters/VALENTYN OGIRENKO

O aumento acentuado dos preços dos alimentos já era evidente desde que a pandemia tomou conta da economia mundial. Agora, a guerra na Ucrânia vem colocar pressão adicional sobre o mercado e, apesar das recentes correcções em baixa nos preços das matérias-primas negociadas em bolsa, tudo aponta para que a volatilidade se prolongue durante vários meses – não só pelos efeitos directos da guerra, que cria disrupções nas cadeias de fornecimento, mas, também, devido ao investimento especulativo nos produtos alimentares. Os governos, avisa a Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês), “devem estar preparados para alargar os apoios sociais”. Até porque podemos "entrar numa crise alimentar”, alerta.

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O aumento acentuado dos preços dos alimentos já era evidente desde que a pandemia tomou conta da economia mundial. Agora, a guerra na Ucrânia vem colocar pressão adicional sobre o mercado e, apesar das recentes correcções em baixa nos preços das matérias-primas negociadas em bolsa, tudo aponta para que a volatilidade se prolongue durante vários meses – não só pelos efeitos directos da guerra, que cria disrupções nas cadeias de fornecimento, mas, também, devido ao investimento especulativo nos produtos alimentares. Os governos, avisa a Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês), “devem estar preparados para alargar os apoios sociais”. Até porque podemos "entrar numa crise alimentar”, alerta.