Portugal desaconselha viagens não essenciais à Ucrânia e aconselha quem se encontra no país a ponderar “sair temporariamente”

Aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros deve-se à “tensão militar crescente junto às fronteiras” do país.

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Tropas ucranianas vigiam zona industrial de Avdiivka, em Donetsk REUTERS/GLEB GARANICH

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português desaconselhou este sábado viagens “que não sejam estritamente necessárias” para a Ucrânia devido à “tensão militar crescente junto às fronteiras” do país.

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português desaconselhou este sábado viagens “que não sejam estritamente necessárias” para a Ucrânia devido à “tensão militar crescente junto às fronteiras” do país.

No aviso publicado no Portal das Comunidades Portuguesas, o MNE recomenda a quem se encontra actualmente na Ucrânia ponderar “sair temporariamente do país”, caso a presença não seja absolutamente necessária.

“Não se recomendam quaisquer viagens para a região de Donbass ou para zonas próximas da fronteira com a Federação Russa e com a Bielorrússia”, acrescenta a nota do MNE, que não exclui “um agravamento da situação de segurança” em território ucraniano.

Outros países pediram aos seus cidadãos na Ucrânia para que deixem o país. A lista inclui Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Iraque, Kuwait e Itália.

Estes apelos seguiram-se à declaração dos Estados Unidos, feita na sexta-feira, de que a Rússia poderá invadir a Ucrânia “a qualquer momento” nos próximos dias.

Este sábado, os EUA avisaram que qualquer intervenção militar na Ucrânia merecerá “uma resposta transatlântica resoluta, massiva e unida”, numa altura em que vários países estão a aconselhar os seus cidadãos a deixar o país e quando se aguarda, com expectativa, uma conversa telefónica entre os presidentes dos dois países, Joe Biden e Vladimir Putin.

Num telefonema prévio este sábado entre os chefes da diplomacia dos dois países, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse ao seu homólogo russo, Serguei Lavrov, que a via da diplomacia continua aberta para resolver o conflito, mas exigiu uma desescalada a Moscovo.

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Blinken reafirmou a Lavrov que uma invasão da Ucrânia “resultará numa resposta transatlântica resoluta, massiva e unida”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, citado pela agência France-Presse.

Em resposta, Lavrov denunciou o que considera uma “campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e seus aliados sobre a ‘agressão russa’”. Com Lusa