Narciso olha-se nas águas da lagoa, indiferente à promessa de amor de Amínias, cujo desespero empurra o seu corpo contra uma espada destinada a roubar-lhe a vida. Sem o amor de Narciso, Amínias não quer viver. De costas voltadas para aquela questão de vida ou morte, Narciso resume-se assim: “É isto que sou, um não, um só não/ Não aceito nenhum amor de ninguém/ A todos digo não/ Eu sou esse não”. Mas e se Narciso, visitado por um Amínias que se diz como “um rapaz que ama um rapaz”, acabasse por ceder, deixando de crer que “o sim a Amínias seria o não” àquilo que ele é, e acabando por ceder ao desejo?
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Narciso olha-se nas águas da lagoa, indiferente à promessa de amor de Amínias, cujo desespero empurra o seu corpo contra uma espada destinada a roubar-lhe a vida. Sem o amor de Narciso, Amínias não quer viver. De costas voltadas para aquela questão de vida ou morte, Narciso resume-se assim: “É isto que sou, um não, um só não/ Não aceito nenhum amor de ninguém/ A todos digo não/ Eu sou esse não”. Mas e se Narciso, visitado por um Amínias que se diz como “um rapaz que ama um rapaz”, acabasse por ceder, deixando de crer que “o sim a Amínias seria o não” àquilo que ele é, e acabando por ceder ao desejo?