Para Dimítris Dimitriádis, é o desejo que move o mundo

Com encenação de Jorge Silva Melo, Obstrução junta até dia 29 quatro textos curtos do dramaturgo Dimítris Dimitriádis no Teatro da Politécnica, numa revisitação da Grécia Antiga afinada pelo presente.

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Narciso olha-se nas águas da lagoa, indiferente à promessa de amor de Amínias, cujo desespero empurra o seu corpo contra uma espada destinada a roubar-lhe a vida. Sem o amor de Narciso, Amínias não quer viver. De costas voltadas para aquela questão de vida ou morte, Narciso resume-se assim: “É isto que sou, um não, um só não/ Não aceito nenhum amor de ninguém/ A todos digo não/ Eu sou esse não”. Mas e se Narciso, visitado por um Amínias que se diz como “um rapaz que ama um rapaz”, acabasse por ceder, deixando de crer que “o sim a Amínias seria o não” àquilo que ele é, e acabando por ceder ao desejo?

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Narciso olha-se nas águas da lagoa, indiferente à promessa de amor de Amínias, cujo desespero empurra o seu corpo contra uma espada destinada a roubar-lhe a vida. Sem o amor de Narciso, Amínias não quer viver. De costas voltadas para aquela questão de vida ou morte, Narciso resume-se assim: “É isto que sou, um não, um só não/ Não aceito nenhum amor de ninguém/ A todos digo não/ Eu sou esse não”. Mas e se Narciso, visitado por um Amínias que se diz como “um rapaz que ama um rapaz”, acabasse por ceder, deixando de crer que “o sim a Amínias seria o não” àquilo que ele é, e acabando por ceder ao desejo?