O tédio viaja em primeira classe

A tramóia: paguei a tarifa de um sleeper e viajo num banco apertado, no meio de passageiros excedentários, fardos incógnitos debaixo dos pés, galinhas em stress, sacos de legumes e uma moçoila sentada no chão a dormir com a cabeça pousada no meu joelho.

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Hué, sete da manhã. Mercadoria variada à volta do autocarro das linhas Phi Luong. Há um cerco de gente. E fardos e fardos apertados com fitas vermelhas, sacos enormes, de plástico transparente, cheios de cenouras. E cestos com galinhas inquietas. As mulheres do Laos e os seus negócios de fronteira. Como no tempo em que havia alfândega em Valença do Minho e as vendedoras do mercado do Bolhão iam todos as semanas em autocarros “turísticos” comprar bacalhau, rebuçados e chupa-chupas a Tuy e a Vigo.

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Hué, sete da manhã. Mercadoria variada à volta do autocarro das linhas Phi Luong. Há um cerco de gente. E fardos e fardos apertados com fitas vermelhas, sacos enormes, de plástico transparente, cheios de cenouras. E cestos com galinhas inquietas. As mulheres do Laos e os seus negócios de fronteira. Como no tempo em que havia alfândega em Valença do Minho e as vendedoras do mercado do Bolhão iam todos as semanas em autocarros “turísticos” comprar bacalhau, rebuçados e chupa-chupas a Tuy e a Vigo.