A Linha Maginot da branquitude

No dia 11 de Novembro 2021 a DGARTES (Direcção Geral das Artes) anunciou o resultado do concurso para a representação oficial portuguesa na 59.ª Bienal de Veneza em 2022. A candidatura da artista Grada Kilomba e do comissário Bruno Leitão com o projecto A Ferida foi preterida pelo júri. Nós protestámos contra essa decisão porque Grada Kilomba foi alvo de um boicote por parte de um dos elementos do júri que atribuiu uma pontuação aberrante à sua candidatura, injustificável em termos de quaisquer parâmetros imparciais e em flagrante discrepância não só com os outros elementos do júri mas também com as pontuações que atribui às restantes candidaturas. Esse boicote reflecte, a nosso ver, o racismo estrutural que é endémico na sociedade portuguesa e a resposta ao nosso protesto vem reforçar essa constatação.

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No dia 11 de Novembro 2021 a DGARTES (Direcção Geral das Artes) anunciou o resultado do concurso para a representação oficial portuguesa na 59.ª Bienal de Veneza em 2022. A candidatura da artista Grada Kilomba e do comissário Bruno Leitão com o projecto A Ferida foi preterida pelo júri. Nós protestámos contra essa decisão porque Grada Kilomba foi alvo de um boicote por parte de um dos elementos do júri que atribuiu uma pontuação aberrante à sua candidatura, injustificável em termos de quaisquer parâmetros imparciais e em flagrante discrepância não só com os outros elementos do júri mas também com as pontuações que atribui às restantes candidaturas. Esse boicote reflecte, a nosso ver, o racismo estrutural que é endémico na sociedade portuguesa e a resposta ao nosso protesto vem reforçar essa constatação.