A “fome de poder” de Gouveia e Melo e o país que adora a “voz de comando”

Gouveia e Melo há três meses não queria “confundir as coisas”; agora, imbuído sabe-se lá de quê, para lá do seu encantador egocentrismo, já está disponível para “confundir” o que lhe der na real gana.

Foto
LUSA/RODRIGO ANTUNES

Temos metade do país apaixonada por um homem “alto” que “usa farda” e “tem voz de comando” (auto-descrição de Gouveia e Melo para justificar a sua popularidade em entrevista ao Sol). O próximo chefe do Estado-Maior da Armada – e parece que próximo-o-que-quiser-na-vida – fez um bom trabalho reconhecido por toda a gente no processo de vacinação. Mas há uma elevada quantidade de portugueses que cumpre as suas atribuições com sucesso e não suscitam nem paixões nem – na maioria dos casos – qualquer popularidade ao nível da que Gouveia e Melo atingiu em tão curto espaço de tempo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Temos metade do país apaixonada por um homem “alto” que “usa farda” e “tem voz de comando” (auto-descrição de Gouveia e Melo para justificar a sua popularidade em entrevista ao Sol). O próximo chefe do Estado-Maior da Armada – e parece que próximo-o-que-quiser-na-vida – fez um bom trabalho reconhecido por toda a gente no processo de vacinação. Mas há uma elevada quantidade de portugueses que cumpre as suas atribuições com sucesso e não suscitam nem paixões nem – na maioria dos casos – qualquer popularidade ao nível da que Gouveia e Melo atingiu em tão curto espaço de tempo.