Um saudável incómodo: Grada Kilomba

A polémica à volta da escolha de quem representa Portugal na Bienal de Arte de Veneza saltou do espectro meramente artístico para o campo social e político. Ainda bem. Sintoma de vitalidade.

Vamos por partes. A história da escolha de quem representa Portugal na próxima Bienal de Arte de Veneza, reduzida à sala onde os quatro elementos do júri se reuniram, possui contornos decifráveis. Qualquer pessoa que já tenha passado por processos semelhantes percebe o que aconteceu. Três elementos do júri queriam claramente que a candidatura escolhida fosse a do curador Bruno Leitão e da artista Grada Kilomba, enquanto Nuno Crespo, colaborador e crítico do PÚBLICO, tinha outra preferência.

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Vamos por partes. A história da escolha de quem representa Portugal na próxima Bienal de Arte de Veneza, reduzida à sala onde os quatro elementos do júri se reuniram, possui contornos decifráveis. Qualquer pessoa que já tenha passado por processos semelhantes percebe o que aconteceu. Três elementos do júri queriam claramente que a candidatura escolhida fosse a do curador Bruno Leitão e da artista Grada Kilomba, enquanto Nuno Crespo, colaborador e crítico do PÚBLICO, tinha outra preferência.