A Lei de Gompertz e a inevitabilidade da morte

A questão da existência ou não de um limite natural para a vida humana continua em aberto e é tópico de acesa discussão.

Em 1825, Benjamin Gompertz, um actuário inglês, apresentou à Royal Society uma comunicação onde propunha uma nova metodologia para o cálculo da variação do risco de morte com a idade. A proposta que apresentou, resultante de detalhadas análises estatísticas, implicava que, para adultos, o risco de morte crescesse exponencialmente com a idade. Isto significa que, para cada adulto, a probabilidade de falecer num dado período aumenta, em média, de um factor constante, a cada ano que passa. Com os dados actuais dos países europeus, este factor é aproximadamente 109%, implicando que uma diferença de aproximadamente oito anos de idade leve a uma duplicação do risco de morte. Este valor de oito anos, que em inglês se designa por MRDT (mortality rate doubling time), dá uma ideia intuitiva do aumento do risco com a idade. Por exemplo, uma pessoa de 58 anos tem o dobro da probabilidade de falecer num dado período do que uma pessoa de 50 anos que, por sua vez, tem o dobro da probabilidade de falecer nesse mesmo período do que uma pessoa de 42 anos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em 1825, Benjamin Gompertz, um actuário inglês, apresentou à Royal Society uma comunicação onde propunha uma nova metodologia para o cálculo da variação do risco de morte com a idade. A proposta que apresentou, resultante de detalhadas análises estatísticas, implicava que, para adultos, o risco de morte crescesse exponencialmente com a idade. Isto significa que, para cada adulto, a probabilidade de falecer num dado período aumenta, em média, de um factor constante, a cada ano que passa. Com os dados actuais dos países europeus, este factor é aproximadamente 109%, implicando que uma diferença de aproximadamente oito anos de idade leve a uma duplicação do risco de morte. Este valor de oito anos, que em inglês se designa por MRDT (mortality rate doubling time), dá uma ideia intuitiva do aumento do risco com a idade. Por exemplo, uma pessoa de 58 anos tem o dobro da probabilidade de falecer num dado período do que uma pessoa de 50 anos que, por sua vez, tem o dobro da probabilidade de falecer nesse mesmo período do que uma pessoa de 42 anos.