Braço-de-ferro no Governo por causa do dinheiro do PRR para as residências de estudantes

Ministério do Ensino Superior tinha garantido que os 375 milhões de euros previstos na “bazuca” seriam a fundo perdido, mas Finanças querem que seja entregue sob a forma de um empréstimo às instituições.

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Como a verba tem origem num empréstimo ao Estado, Finanças querem que essa seja a forma de transferência para as instituições Adriano Miranda

As instituições de ensino superior aguardam há dois meses e meio pela publicação de uma portaria que vai permitir canalizar 375 milhões de euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de residências estudantis. Na base deste atraso está uma divergência no seio do Governo quanto à forma como este dinheiro deve ser entregue. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) tinha garantido que este era um investimento a fundo perdido, destinado a resolver o problema de falta de alojamento para os alunos que se arrasta há vários anos. Mas, como a verba tem origem num empréstimo ao Estado, o Ministério das Finanças quer que essa seja também a forma de transferência para as instituições de ensino.

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As instituições de ensino superior aguardam há dois meses e meio pela publicação de uma portaria que vai permitir canalizar 375 milhões de euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de residências estudantis. Na base deste atraso está uma divergência no seio do Governo quanto à forma como este dinheiro deve ser entregue. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) tinha garantido que este era um investimento a fundo perdido, destinado a resolver o problema de falta de alojamento para os alunos que se arrasta há vários anos. Mas, como a verba tem origem num empréstimo ao Estado, o Ministério das Finanças quer que essa seja também a forma de transferência para as instituições de ensino.