Quatro tipos decentes de Liverpool: Get Back é uma viagem ao coração dos Beatles

Estreia esta quinta-feira na Disney+ o documentário, em três partes, que Peter Jackson criou a partir do material registado durante a rodagem de Let it Be. À época visto como deprimente cronologia do fim, ressurge para mostrar que a história era, afinal, outra.

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A 30 de Janeiro de 1969, no número 3 de Saville Row, em Londres, os Beatles tinham a sua última actuação pública cortesia disney+

“O quê? A sério?”, exclamou Paul McCartney. Estávamos em 2017 e Peter Jackson encontrava-se nos bastidores de um concerto do beatle na Nova Zelândia. Jackson levava boas e surpreendentes novas. A verdade de que McCartney se convencera e que o mundo tomara como certa talvez fosse apenas uma meia verdade, talvez não fosse verdade de todo. O tema de conversa era Let It Be, o filme maldito, estreado semanas depois do fim dos Beatles, que atravessou os anos como sendo retrato lúgubre, rancoroso dos últimos dias da banda. Let It Be tem uma hora e vinte de duração, mas Peter Jackson vira muito para além disso. Passara por todo o material registado na rodagem: 60 horas de filme, 150 horas de gravação áudio. Tudo visto e ouvido, tudo pesado, pôde então dizer a McCartney: “É incrivelmente divertido. É incrivelmente animado. Mostra-vos a divertirem-se a sério.”

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“O quê? A sério?”, exclamou Paul McCartney. Estávamos em 2017 e Peter Jackson encontrava-se nos bastidores de um concerto do beatle na Nova Zelândia. Jackson levava boas e surpreendentes novas. A verdade de que McCartney se convencera e que o mundo tomara como certa talvez fosse apenas uma meia verdade, talvez não fosse verdade de todo. O tema de conversa era Let It Be, o filme maldito, estreado semanas depois do fim dos Beatles, que atravessou os anos como sendo retrato lúgubre, rancoroso dos últimos dias da banda. Let It Be tem uma hora e vinte de duração, mas Peter Jackson vira muito para além disso. Passara por todo o material registado na rodagem: 60 horas de filme, 150 horas de gravação áudio. Tudo visto e ouvido, tudo pesado, pôde então dizer a McCartney: “É incrivelmente divertido. É incrivelmente animado. Mostra-vos a divertirem-se a sério.”