As ficções que habitam o hotel dos SillySeason

Hotel Paraíso, a nova criação da companhia formada por Cátia Tomé, Ivo Saraiva e Silva, e Ricardo Teixeira, estreia no Funchal uma redoma protegida do mundo exterior. Uma reflexão com vista para a opressão, a manipulação ou o capitalismo.

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Estão sete personagens fechadas num hotel no meio do nada. Pode parecer o início de uma anedota, mas está mais próximo de ser o relato de uma catástrofe anunciada. Vivem ali há tanto tempo que nem sabem bem quando chegaram, se já nasceram lá, mas desconfiam que vivem naquilo a que se convencionou chamar um “futuro distópico” – na óptica do espectador. E vão repetindo pequenas ficções que são a maneira mais à mão de enganar a bolha em que vivem, o total desfasamento da realidade e o medo de saírem daquele espaço privilegiado e protegido, quando lá fora diz-se que o ar é tóxico ou que reina a selvajaria. Ninguém sabe muito bem o que existe “lá fora”, mas é certo que se trata de uma ameaça exterior. E se assim é, então para quê correr riscos desnecessários?

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Estão sete personagens fechadas num hotel no meio do nada. Pode parecer o início de uma anedota, mas está mais próximo de ser o relato de uma catástrofe anunciada. Vivem ali há tanto tempo que nem sabem bem quando chegaram, se já nasceram lá, mas desconfiam que vivem naquilo a que se convencionou chamar um “futuro distópico” – na óptica do espectador. E vão repetindo pequenas ficções que são a maneira mais à mão de enganar a bolha em que vivem, o total desfasamento da realidade e o medo de saírem daquele espaço privilegiado e protegido, quando lá fora diz-se que o ar é tóxico ou que reina a selvajaria. Ninguém sabe muito bem o que existe “lá fora”, mas é certo que se trata de uma ameaça exterior. E se assim é, então para quê correr riscos desnecessários?