O inferno não são os outros

Às portas da União Europeia, na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, cresce um dos infernos na Terra.

Uma das peças incontornáveis do século XX foi escrita por Jean-Paul Sartre nos idos da década de 40. À Porta Fechada retrata o encontro de três pessoas que chegavam ao inferno. Sabendo ao que iam e tendo uma ideia do que esperar, não encontraram instrumentos de tortura nem carvões em brasa, apenas se um quarto mobilado com antiguidades feias e no qual estavam trancados. Não havia nada de interessante, nenhumas distrações, nem espelhos ou escovas de dentes - tudo o que têm, tudo o que terão para sempre são uns aos outros. Morreram e o que o inferno lhes reserva, a condenação por toda a eternidade, é conviverem uns com os outros. “Cada um de nós é um carrasco para os outros. O inferno são os outros”.

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Uma das peças incontornáveis do século XX foi escrita por Jean-Paul Sartre nos idos da década de 40. À Porta Fechada retrata o encontro de três pessoas que chegavam ao inferno. Sabendo ao que iam e tendo uma ideia do que esperar, não encontraram instrumentos de tortura nem carvões em brasa, apenas se um quarto mobilado com antiguidades feias e no qual estavam trancados. Não havia nada de interessante, nenhumas distrações, nem espelhos ou escovas de dentes - tudo o que têm, tudo o que terão para sempre são uns aos outros. Morreram e o que o inferno lhes reserva, a condenação por toda a eternidade, é conviverem uns com os outros. “Cada um de nós é um carrasco para os outros. O inferno são os outros”.