Os amantes de Raquel André expostos numa casa-labirinto

A partir de um conjunto de sete mil fotografias respeitantes ao projecto Colecção de Amantes, a criadora junta-se agora ao cenógrafo José Capela em Exposição de Amantes, uma casa forrada a imagens e levantada no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, até 12 de Novembro.

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Raquel André reuniu imagens dos seus 278 encontros com "amantes" TIAGO DE JESUS BRÁS

Há sete anos que Raquel André colecciona amantes. Ou melhor, há sete anos que colecciona histórias de intimidade resultantes de encontros que tem com pessoas um pouco por todo o mundo. De cada vez, espera num apartamento por alguém que há-de chegar, e de que desconhece o nome, a idade, o género. E tem sempre consigo chá e café, às vezes um bolo, porque faz parte do protocolo de bem receber mas, sobretudo, porque são bons desbloqueadores de conversa. Durante algumas horas (das últimas vezes tem sido uma hora), entrega-se a estes encontros, sem ensaios nem textos decorados, apenas com uma pergunta: “O que é, para ti, a intimidade?” E, a partir daí, o que tiver de acontecer, acontece. A única regra é sair de cada encontro com uma fotografia que documente aquele momento, uma situação, real ou encenada, que retrate essa intimidade vivida a dois.

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Há sete anos que Raquel André colecciona amantes. Ou melhor, há sete anos que colecciona histórias de intimidade resultantes de encontros que tem com pessoas um pouco por todo o mundo. De cada vez, espera num apartamento por alguém que há-de chegar, e de que desconhece o nome, a idade, o género. E tem sempre consigo chá e café, às vezes um bolo, porque faz parte do protocolo de bem receber mas, sobretudo, porque são bons desbloqueadores de conversa. Durante algumas horas (das últimas vezes tem sido uma hora), entrega-se a estes encontros, sem ensaios nem textos decorados, apenas com uma pergunta: “O que é, para ti, a intimidade?” E, a partir daí, o que tiver de acontecer, acontece. A única regra é sair de cada encontro com uma fotografia que documente aquele momento, uma situação, real ou encenada, que retrate essa intimidade vivida a dois.