Mais de 35 mortos em cheias na Índia

Chuva levou a derrocadas que levaram casas e pessoas. As operações de resgate continuam.

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Operações de resgate de vítimas das cheias em Kuttikkal Reuters

Pelo menos 35 pessoas morreram depois de chuvas fortes atingirem o estado indiano de Kerala, no Sul, segundo números oficiais divulgados esta segunda-feira, segundo a emissora alemã Deutsche Welle.

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Pelo menos 35 pessoas morreram depois de chuvas fortes atingirem o estado indiano de Kerala, no Sul, segundo números oficiais divulgados esta segunda-feira, segundo a emissora alemã Deutsche Welle.

A chuva começou a cair fortemente no sábado, causando cheias e desabamentos de terras. O Exército e a Marinha foram chamados para ajudar a retirar habitantes dos locais afectados, e as operações de resgate continuavam ainda.

“Houve quatro desabamentos de terra aqui, no monte atrás de mim, que trouxe água e muita coisa aqui para baixo”, disse um habitante da localidade de Kuttikkal, em frente ao que era agora uma encosta vazia.

O responsável P.K. Jayasree disse que quase metade das mortes na localidade foi de pessoas da mesma família. A agência noticiosa PTI indicava que entre estes seis mortos da mesma família, cuja casa foi levada pelas águas, estava uma avó de 75 anos e três crianças.

Um responsável da região, Pinarayi Vijayan, disse que foram retiradas centenas de pessoas e estabelecidos pelo menos 100 campos para os desalojados. Mas não era ainda possível dizer quantas pessoas estavam desaparecidas.

Uma mulher também em Kuttikkal dizia a uma estação de televisão de Kerala: “O monte desabou atrás de nós. A casa foi-se. As crianças foram-se.” Estima-se que entre os mortos haja cinco crianças, segundo a BBC.

Apesar de continuar a chover, agora a chuva é fraca e a região já não está sob alerta de mau tempo, segundo a comissão de gestão de emergências do estado. Atrás ficaram estradas e pontes destruídas e árvores arrancadas pelas raízes tombadas no chão. 

Kerala teve as piores cheias do século em 2018, quando morreram pelo menos 400 pessoas e 200 mil ficaram desalojadas, na época das monções. As chuvas actuais aconteceram fora da época habitual.