Por trás do pseudónimo Carmen Mola, a “Elena Ferrante espanhola”, estavam afinal três homens

Uma obra da “autora” venceu o Prémio Planeta mas quem subiu ao palco para o receber foram Jorge Díaz, Agustín Martínez e Antonio Mercero. Há quatro anos, escolheram um nome “assim simples, espanholito”, e tornaram-se um fenómeno. Defendem-se: “Não nos escondemos atrás de uma mulher, mas sim atrás de um nome”.

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Os três autores com o prémio Planeta Quique Garcia/EPA

É uma história fulgurante, a de Carmen Mola: há meros quatro anos surgiu do nada no meio literário com A Noiva Cigana, um policial violento, tornado best-seller imediato, assinado com um pseudónimo assumido; três livros depois, contabiliza mais de 400 mil exemplares vendidos, uma adaptação para televisão em marcha e a reputação de “Elena Ferrante espanhola”. Mas na sexta-feira, e perante o rei de Espanha, três homens — Jorge Díaz, Agustín Martínez e Antonio Mercero — subiram ao palco para receber o Prémio Planeta que lhe foi atribuído por La Bestia. A revelação de que Carmen Mola é afinal o nome atrás do qual se esconderam estes três autores do sexo masculino está a ofuscar outra surpresa, o novo valor pecuniário do prémio — um milhão de euros — e a gerar muita discussão. “Não nos escondemos atrás de uma mulher, mas sim atrás de um nome”, defendeu-se Antonio Mercero ao jornal El País. As suas palavras ecoaram no meio literário, mas também entre os leitores e nas inevitáveis redes sociais.

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É uma história fulgurante, a de Carmen Mola: há meros quatro anos surgiu do nada no meio literário com A Noiva Cigana, um policial violento, tornado best-seller imediato, assinado com um pseudónimo assumido; três livros depois, contabiliza mais de 400 mil exemplares vendidos, uma adaptação para televisão em marcha e a reputação de “Elena Ferrante espanhola”. Mas na sexta-feira, e perante o rei de Espanha, três homens — Jorge Díaz, Agustín Martínez e Antonio Mercero — subiram ao palco para receber o Prémio Planeta que lhe foi atribuído por La Bestia. A revelação de que Carmen Mola é afinal o nome atrás do qual se esconderam estes três autores do sexo masculino está a ofuscar outra surpresa, o novo valor pecuniário do prémio — um milhão de euros — e a gerar muita discussão. “Não nos escondemos atrás de uma mulher, mas sim atrás de um nome”, defendeu-se Antonio Mercero ao jornal El País. As suas palavras ecoaram no meio literário, mas também entre os leitores e nas inevitáveis redes sociais.