Moedas quer contar “com todos os partidos” para governar Lisboa e acabar com “política da fricção”

O social-democrata cumpriu a sua primeira promessa eleitoral de campanha: ir almoçar com os trabalhadores do município na área da higiene urbana.

Foto
Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, com 34,25% dos votos LUSA/RODRIGO ANTUNES

 O presidente eleito da Câmara Municipal de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, disse esta segunda-feira que conta “com todos os partidos” para governar a cidade, defendendo que é preciso “trabalhar em conjunto” e acabar com a “política da fricção”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

 O presidente eleito da Câmara Municipal de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, disse esta segunda-feira que conta “com todos os partidos” para governar a cidade, defendendo que é preciso “trabalhar em conjunto” e acabar com a “política da fricção”.

“Conto com todos os partidos, conto com todos os vereadores, aliás foi desde a tradição de [Nuno] Krus Abecassis, em que tudo aquilo que são os projectos, tudo aquilo que são as minhas propostas serão trabalhadas com todos, trabalhadas com aqueles que hoje são eleitos”, afirmou o presidente eleito pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança à Câmara de Lisboa, nas eleições autárquicas realizadas no domingo.

Falando no âmbito do cumprimento da sua primeira promessa eleitoral de campanha, em que acordou com os trabalhadores do município na área da higiene urbana que almoçaria com eles se vencesse as eleições, Carlos Moedas aproveitou para parabenizar todos os eleitos vereadores na cidade de Lisboa, com quem conta trabalhar “com muito gosto”, independentemente da força partidária a que pertençam.

“Já recebi mensagens de vários [vereadores eleitos], de outras forças políticas, já os congratulei e agradeci, e penso que é isso, é trabalhar em conjunto, temos de deixar esta política da fricção e passarmos para uma política da construção das soluções, para os resultados”, indicou o ex-comissário europeu, referindo que “a Comissão Europeia é talvez a melhor escola para trabalhar com pessoas de todas as forças políticas”, comprometendo-se a fazer o mesmo em Lisboa como presidente da Câmara.

Sobre a sua tomada de posse na presidência da Câmara de Lisboa, sucedendo ao socialista Fernando Medina que também foi candidato nestas eleições, o social-democrata adiantou que já houve “uma excelente conversa” entre ambos, mas ainda não há data para essa passagem de testemunho.

“Vamos organizar tudo, tudo vai correr bem. Penso que estamos aqui todos com grande boa vontade dos dois lados, portanto, tudo isso vai acontecer nos dias que aí vêm, por isso, vamos fazer uma transição correcta, genuína, para bem de Lisboa e dos lisboetas, que é aquilo que nós queremos”, reforçou, em declarações aos jornalistas.

O social-democrata Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, com 34,25% dos votos, nas eleições autárquicas de domingo, “roubando” a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.

Carlos Moedas vai suceder na presidência da Câmara Municipal de Lisboa ao socialista Fernando Medina, que se recandidatou ao cargo pela coligação Mais Lisboa (PS/Livre).

Segundo os resultados oficiais divulgados esta segunda-feira pelo Ministério da Administração Interna, a coligação Novos Tempos Lisboa (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação Mais Lisboa obteve sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o Bloco de Esquerda (BE) conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).