Sondagens desfavoráveis para Moedas? “A política também tem de se fazer de surpresas”

O candidato de PSD e CDS começou o penúltimo dia de campanha acompanhado por Assunção Cristas, que há quatro anos alcançou um resultado inédito para o CDS. Mais logo é Paulo Rangel a entrar na campanha.

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Assunção Cristas com Carlos Moedas esta manhã, em Belém LUSA/ANDRÉ KOSTERS

Carlos Moedas começou o dia em passo apressado na companhia de Assunção Cristas. “Estamos com pressa para chegar à vitória, por isso é que vamos assim”, atira Isabel Galriça Neto, candidata à presidência da assembleia municipal, enquanto a comitiva Novos Tempos avança junto ao Tejo, na Doca de Pedrouços.

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Carlos Moedas começou o dia em passo apressado na companhia de Assunção Cristas. “Estamos com pressa para chegar à vitória, por isso é que vamos assim”, atira Isabel Galriça Neto, candidata à presidência da assembleia municipal, enquanto a comitiva Novos Tempos avança junto ao Tejo, na Doca de Pedrouços.

A ex-presidente do CDS, que está prestes a terminar o mandato de vereadora depois de uma inédita votação de 20% nas autárquicas de 2017, veio demonstrar publicamente apoio ao candidato do PSD e CDS à Câmara de Lisboa, que conhece desde que era adolescente.

“Para mim era absolutamente crítico estar ao lado do Carlos. É o único que pode mudar Lisboa. É importante que as pessoas saibam que quem fica em segundo lugar nunca será presidente, a lei não permite. É muito importante que as pessoas reflictam muito bem no domingo”, diz Cristas.

Para bom entendedor meia palavra basta. Com a sondagem da Universidade Católica divulgada esta quarta pelo PÚBLICO e RTP a dar à Iniciativa Liberal a possibilidade de eleger um vereador – e com a revelação de que 10% dos seus votos provêem de ex-eleitores de PSD e CDS –, à campanha de Moedas resta fazer apelo ao voto útil. “A política também tem de se fazer de surpresas”, ri-se a antiga líder centrista.

Na caminhada da manhã, Cristas serviu de cicerone. Em 2017, o CDS propôs na câmara criar em Pedrouços uma “cidade do mar”, mas a ideia não foi concretizada. Ali perto está quase pronto o novo centro pancreático da Fundação Champalimaud. “Vê-se bem o contraste entre a inacção da linha da frente e tudo o que está a acontecer na parte de trás”, constata a ainda vereadora ao apontar para edifícios degradados junto à doca.

É mais um pretexto para Carlos Moedas apontar “inacção” e “incompetência” a Fernando Medina, garantindo a Assunção Cristas que vai pôr o projecto em marcha caso seja eleito presidente. “Vais ter agora o gosto de ver esta medida implementada”, garante-lhe o candidato, que se define como “um executor” cuja qualidade é “saber fazer”.

“Temos um oponente que tem propostas recicladas, vagas ou lá para 2025. O meu projecto tem ambição, sonho, mas é sobretudo concreto”, diz Moedas, que volta a posicionar-se como o único voto que vale a pena. “O que dizem as sondagens é que há muitos indecisos. Até pessoas do PS me dizem que vão votar em mim. As pessoas que muitas vezes dizem que estão cansadas dos políticos têm aqui alguém.”