O mundo não é só Europa

O combate à pandemia e às alterações climáticas foram as duas “frentes” em que Biden assumiu os compromissos que provavelmente boa parte do mundo queria ouvir.

1. Joe Biden fez o discurso que normalmente se espera do Presidente dos Estados Unidos, que sofreu uma abrupta interrupção nos quatro anos de Donald Trump. Tinha duas mensagens fundamentais para transmitir. Acabou o tempo das guerras, começou o tempo da diplomacia. A pressa de sair do Afeganistão era também a pressa de virar esta página. Isso exclui uma nova Guerra Fria, que os Estados Unidos não querem, ou a criação de dois “blocos rígidos” antagónicos — mesmo que não desistam de defender a democracia e os direitos humanos, porque é a única forma de respeitar a dignidade de cada ser humano. Uma “humanidade comum”, a expressão que foi buscar a Obama, retomando o fio condutor. Nunca pronunciou a palavra China. Declarou que os EUA estão disponíveis para trabalhar com todos os países do mundo, incluindo as grandes potências com as quais estão em profundo desacordo. Mas disse que era preciso garantir a liberdade das principais rotas marítimas, impedir que alguns países imponham a sua vontade a outros pela força ou pela intimidação e combater as violações grosseiras aos direitos humanos na Etiópia, no Iémen ou no Xinjiang. Regressou à ideia de uma vasta aliança de democracias para enfrentar os regimes autoritários que anunciaram cedo de mais o retrocesso democrático no mundo.

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1. Joe Biden fez o discurso que normalmente se espera do Presidente dos Estados Unidos, que sofreu uma abrupta interrupção nos quatro anos de Donald Trump. Tinha duas mensagens fundamentais para transmitir. Acabou o tempo das guerras, começou o tempo da diplomacia. A pressa de sair do Afeganistão era também a pressa de virar esta página. Isso exclui uma nova Guerra Fria, que os Estados Unidos não querem, ou a criação de dois “blocos rígidos” antagónicos — mesmo que não desistam de defender a democracia e os direitos humanos, porque é a única forma de respeitar a dignidade de cada ser humano. Uma “humanidade comum”, a expressão que foi buscar a Obama, retomando o fio condutor. Nunca pronunciou a palavra China. Declarou que os EUA estão disponíveis para trabalhar com todos os países do mundo, incluindo as grandes potências com as quais estão em profundo desacordo. Mas disse que era preciso garantir a liberdade das principais rotas marítimas, impedir que alguns países imponham a sua vontade a outros pela força ou pela intimidação e combater as violações grosseiras aos direitos humanos na Etiópia, no Iémen ou no Xinjiang. Regressou à ideia de uma vasta aliança de democracias para enfrentar os regimes autoritários que anunciaram cedo de mais o retrocesso democrático no mundo.