O PSD ainda é um partido de poder?

Se o PSD ainda for animado pela vontade de ganhar, a liderança de Rui Rio terá os dias contados. Se não, terá ainda uma outra oportunidade.

Em princípio, o PSD terá uma derrota nas autárquicas. Dificilmente ficará perante um cenário pior do que o de 2017, mas quanto entusiasmo pode essa perspectiva gerar, se o resultado de há quatro anos já foi péssimo? O PSD exerce hoje o poder apenas em cinco dos vinte concelhos mais populosos do país (e três deles estão nos últimos cinco desses vinte). É impossível que isso não tenha efeitos na influência nacional do partido. Se quiser vencer as legislativas de 2023, o PSD está obrigado a dar nestas autárquicas um sinal de inversão do ciclo político. Tudo o que não signifique descolar de 2017 não será visto sequer como um empate, quanto mais como uma vitória.

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Em princípio, o PSD terá uma derrota nas autárquicas. Dificilmente ficará perante um cenário pior do que o de 2017, mas quanto entusiasmo pode essa perspectiva gerar, se o resultado de há quatro anos já foi péssimo? O PSD exerce hoje o poder apenas em cinco dos vinte concelhos mais populosos do país (e três deles estão nos últimos cinco desses vinte). É impossível que isso não tenha efeitos na influência nacional do partido. Se quiser vencer as legislativas de 2023, o PSD está obrigado a dar nestas autárquicas um sinal de inversão do ciclo político. Tudo o que não signifique descolar de 2017 não será visto sequer como um empate, quanto mais como uma vitória.