A destruição do Iraque

A vitória militar foi fulminante. Houve erros e muita ignorância. Mas o supremo erro de Bush foi ignorar os limites do poderio americano. A força militar permitia-lhe conquistar países estrangeiros, mas não governá-los. Fez uma “revolução” no Médio Oriente, mas tudo saiu ao contrário do que desejava.

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Donald Rumsfeld com George W. Bush RICK WILKING/Reuters

Logo a seguir à invasão do Iraque (20 de Março de 2003), os Estados Unidos confirmavam o estatuto de hiperpotência militar e multiplicavam a capacidade diplomática, dividindo a Europa e provocando um terramoto político no Médio Oriente. Quando a inevitabilidade da guerra já se desenhava, a Europa encarava a guerra como um acto imperial americano. Mas dizia-se haver algo que os europeus temiam mais do que o ataque ao Iraque: era que os EUA fizessem a guerra sozinhos, marginalizando os aliados e decretando a caducidade das alianças permanentes e pondo em causa a NATO. Em Washington, o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, saudava “a morte da ONU”.

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Logo a seguir à invasão do Iraque (20 de Março de 2003), os Estados Unidos confirmavam o estatuto de hiperpotência militar e multiplicavam a capacidade diplomática, dividindo a Europa e provocando um terramoto político no Médio Oriente. Quando a inevitabilidade da guerra já se desenhava, a Europa encarava a guerra como um acto imperial americano. Mas dizia-se haver algo que os europeus temiam mais do que o ataque ao Iraque: era que os EUA fizessem a guerra sozinhos, marginalizando os aliados e decretando a caducidade das alianças permanentes e pondo em causa a NATO. Em Washington, o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, saudava “a morte da ONU”.