O dilema moral dos candidatos sob suspeita

Num tempo em que o nível de preocupação dos portugueses com a corrupção é muito maior, o número de exemplos de candidatos que não cumprem “critérios de credibilidade” continua a ser intolerável.

Em Maio de 2005, Luís Marques Mendes liderava o PSD e decidiu recusar duas vitórias seguras nas eleições autárquicas desse ano, em Oeiras e Gondomar, chumbando as candidaturas de Isaltino Morais e Valentim Loureiro num momento em que o partido estava ainda combalido com a maioria obtida pelo PS de José Sócrates nas legislativas de Fevereiro. Marques Mendes explicou as razões da sua recusa obstinada em associar o PSD a dois autarcas arguidos em processos judiciais: não estavam em causa “critérios jurídicos”, apenas a necessidade de não querer “ganhar a qualquer preço” porque, sublinhou, “há princípios e há critérios de credibilidade a observar”.

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Em Maio de 2005, Luís Marques Mendes liderava o PSD e decidiu recusar duas vitórias seguras nas eleições autárquicas desse ano, em Oeiras e Gondomar, chumbando as candidaturas de Isaltino Morais e Valentim Loureiro num momento em que o partido estava ainda combalido com a maioria obtida pelo PS de José Sócrates nas legislativas de Fevereiro. Marques Mendes explicou as razões da sua recusa obstinada em associar o PSD a dois autarcas arguidos em processos judiciais: não estavam em causa “critérios jurídicos”, apenas a necessidade de não querer “ganhar a qualquer preço” porque, sublinhou, “há princípios e há critérios de credibilidade a observar”.