Em plena crise do Afeganistão

Há muito a lamentar neste processo mas convém manter a sensatez: os EUA não poderiam ali ficar indefinidamente e este não é o sinal (tão cinicamente desejado) do seu ocaso estratégico.

1. As notícias, as imagens e os depoimentos que todos os dias nos chegam do Afeganistão geraram uma comoção global, especialmente sentida no mundo ocidental. O espectro do regresso da governação talibã, com o seu fundamentalismo “proto-religioso” e com a violação dos mais elementares direitos humanos, causou uma onda de indignação e de revolta. O total desprezo pelas mulheres e pela sua dignidade, o desespero de milhões de cidadãos e a vontade indomável de sair do país são um repto inafastável às nossas consciências. Que não haja nem equívocos nem ambiguidades: estamos diante de uma enorme crise humanitária, que exige, antes de tudo o mais, uma resposta humanitária e humana. Teremos decerto pela frente um novo fluxo de refugiados e temos responsabilidades políticas e humanitárias a que não podemos escapar.

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1. As notícias, as imagens e os depoimentos que todos os dias nos chegam do Afeganistão geraram uma comoção global, especialmente sentida no mundo ocidental. O espectro do regresso da governação talibã, com o seu fundamentalismo “proto-religioso” e com a violação dos mais elementares direitos humanos, causou uma onda de indignação e de revolta. O total desprezo pelas mulheres e pela sua dignidade, o desespero de milhões de cidadãos e a vontade indomável de sair do país são um repto inafastável às nossas consciências. Que não haja nem equívocos nem ambiguidades: estamos diante de uma enorme crise humanitária, que exige, antes de tudo o mais, uma resposta humanitária e humana. Teremos decerto pela frente um novo fluxo de refugiados e temos responsabilidades políticas e humanitárias a que não podemos escapar.