O que andámos para aqui chegar

Na realidade ia falar de outra coisa. Ia falar de Hubert Reeves, o astrofísico mais parecido com um duende irlandês que alguma vez vi na vida — isto apesar do autor de Um Pouco Mais de Azul ou Já não Terei Tempo (ambos os títulos, além de muitos outros, da Gradiva) ter nascido no Canadá. Ia falar dele a propósito da situação paradoxal da espécie humana que, ocupando o lugar de topo da cadeia alimentar, paga por essa posição dominante ser sustento dispensável a todas as outras espécies, facto que Reeves sabiamente havia de comentar recordando-me o incalculável desperdício de tempo e inteligência que significaria o nosso desaparecimento (o que a Natureza andou para aqui chegar, parafraseando, para resumir, José Mário Branco).

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Na realidade ia falar de outra coisa. Ia falar de Hubert Reeves, o astrofísico mais parecido com um duende irlandês que alguma vez vi na vida — isto apesar do autor de Um Pouco Mais de Azul ou Já não Terei Tempo (ambos os títulos, além de muitos outros, da Gradiva) ter nascido no Canadá. Ia falar dele a propósito da situação paradoxal da espécie humana que, ocupando o lugar de topo da cadeia alimentar, paga por essa posição dominante ser sustento dispensável a todas as outras espécies, facto que Reeves sabiamente havia de comentar recordando-me o incalculável desperdício de tempo e inteligência que significaria o nosso desaparecimento (o que a Natureza andou para aqui chegar, parafraseando, para resumir, José Mário Branco).