Uma retirada precipitada e falta de liderança levou ao colapso das forças afegãs

De um lado, soldados longe de casa esperam e desesperam por salários e reforços que não chegam. Do outro, uma força que acredita ter derrotado “os EUA e os seus 42 aliados” e sente ter chegado o seu momento.

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Soldados afegão num checkpoint em Kandahar, horas antes da queda da cidade para os taliban M SADIQ/EPA

Se há coisa que as guerras dos últimos 20 anos provaram é que nada garante a vitória à força maior e mais bem equipada. Do Afeganistão ao Iraque, passando pelo conflito entre o Líbano e Israel, não é preciso ir longe para ver uma milícia como os taliban derrotar um Exército moderno. Afinal, os Estados Unidos (e dezenas de países da NATO) estiveram duas décadas em território afegão sem nunca os derrotar. A seu favor, os taliban tiveram sempre uma certeza: os norte-americanos acabariam por sair, eles não iam a lado nenhum.

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Se há coisa que as guerras dos últimos 20 anos provaram é que nada garante a vitória à força maior e mais bem equipada. Do Afeganistão ao Iraque, passando pelo conflito entre o Líbano e Israel, não é preciso ir longe para ver uma milícia como os taliban derrotar um Exército moderno. Afinal, os Estados Unidos (e dezenas de países da NATO) estiveram duas décadas em território afegão sem nunca os derrotar. A seu favor, os taliban tiveram sempre uma certeza: os norte-americanos acabariam por sair, eles não iam a lado nenhum.