O egoísmo dos humanos contra a crise climática

Tão dramática como a ameaça do aquecimento global é a constatação de que a solução para o mitigar vai exigir uma daquelas revoluções que raramente acontecem sem conflito.

Fome no Sul de Madagáscar; aquecimento brutal na costa da América do Norte voltada para o oceano Pacífico, onde os mexilhões cozeram com o calor; cheias para lá do registo da memória na Alemanha; incêndios descontrolados na tundra siberiana. Um breve elenco dos fenómenos da crise climática das últimas semanas basta para duas constatações terríveis: os impactes do aquecimento global não são um augúrio vago do futuro; apesar destas evidências, a humanidade continua sem ser capaz de reagir à maior ameaça à sua sobrevivência pelo menos depois da invenção da escrita. O último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) dá-nos conta dessa impotência e dos seus custos.

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Fome no Sul de Madagáscar; aquecimento brutal na costa da América do Norte voltada para o oceano Pacífico, onde os mexilhões cozeram com o calor; cheias para lá do registo da memória na Alemanha; incêndios descontrolados na tundra siberiana. Um breve elenco dos fenómenos da crise climática das últimas semanas basta para duas constatações terríveis: os impactes do aquecimento global não são um augúrio vago do futuro; apesar destas evidências, a humanidade continua sem ser capaz de reagir à maior ameaça à sua sobrevivência pelo menos depois da invenção da escrita. O último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) dá-nos conta dessa impotência e dos seus custos.