Em Agosto, há brinquedos japoneses e cartazes chineses para ver no Porto

Exposições do programa Oriente nas Virtudes podem ser visitadas de 19 de Agosto a 4 de Setembro na Cooperativa Árvore.

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As exposições Cartazes de Propaganda Chinesa e Omocha. Brinquedos Rituais Japoneses vão trazer a cultura oriental ao Porto, à Cooperativa Árvore, entre 19 de Agosto e 4 de Setembro. Pintura, workshops de cerâmica e origami, concertos, experiências sensoriais e um mercado oriental com artigos, artesanato e street food – que só podem ser experienciados entre 23 e 28 de Agosto – são algumas das iniciativas que integram o programa Oriente nas Virtudes.

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As exposições Cartazes de Propaganda Chinesa e Omocha. Brinquedos Rituais Japoneses vão trazer a cultura oriental ao Porto, à Cooperativa Árvore, entre 19 de Agosto e 4 de Setembro. Pintura, workshops de cerâmica e origami, concertos, experiências sensoriais e um mercado oriental com artigos, artesanato e street food – que só podem ser experienciados entre 23 e 28 de Agosto – são algumas das iniciativas que integram o programa Oriente nas Virtudes.

O objectivo é promover um “maior conhecimento desta cultura nas suas mais variadas representações”, explica a Cooperativa Árvore, em comunicado. Ambas as mostras pertencem à colecção Kwok On da Fundação Oriente e inserem-se na primeira edição do programa Oriente nas Virtudes. Segundo a cooperativa, as colecções oferecem “duas perspectivas singulares sobre a sociedade e cultura dos respectivos países (China e Japão), a sua história recente e tradições, ritos e valores intemporais”.

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Programa "Oriente nas Virtudes" Facebook Cooperativa Árvore

Os 33 posters de propaganda chinesa, datados entre 1959 e 1981, ilustram um período que vai do Grande Salto em Frente e da criação das Comunas Populares, ao fim da Revolução Cultural. Na altura, os cartazes podiam ser encontrados em todo o lado, fazendo parte do dia-a-dia da população e servindo o propósito de mostrar ao povo chinês o caminho a seguir.

Os temas representados prendem-se, sobretudo, com aquilo que era “mais correntemente abordado na época, como a glorificação do presidente Mao e dos heróis comunistas, a prosperidade da economia, a luta contra o imperialismo, a felicidade do povo e o poder do exército”, lê-se na apresentação da exposição.

Já a segunda mostra é dedicada aos omocha (que significa objecto tradicional): brinquedos rituais japoneses que se destinam a crianças, mas também a adultos. Os omocha representam “divindades, monstros, seres lendários, homens ou animais, saídos do folclore, dos rituais e da arte populares” e estão, sobretudo, ligados a “crenças religiosas, de origem xintoísta e budista”.

Podem ser usados para brincar, como amuletos da sorte, objectos que protegem crianças e adultos de maleitas, recordações de peregrinações e símbolos de festividades anuais e locais. São vendidos em santuários e templos e revelam identidades sociais e religiosas dos japoneses. Reúnem tradições estéticas e técnicas e são concebidos a partir de materiais como madeira, argila, pedra, papel, palha ou tecido.

Os omocha existem desde o período Heian (794-1185) e comprovam, por exemplo, que o jogo de sugoroku (uma espécie de Jogo da Glória) já era, na época, popular. Contudo, os que se encontram na exposição são, na maioria, do período Edo (1603-1867) ou réplicas destes.